quarta-feira, 25 de setembro de 2019

AMBIENTES DE COMPRAS EXTREMAMENTE TRANQUILOS

Muita gente não gosta de fazer compras em supermercados, por causa do trânsito que enfrenta até chegar a um deles; a concorrência para encontrar um lugar no espaço dos seus estacionamentos; e as filas quilométricas nos caixas. Afora isso, existe o barulho ensurdecedor do ambiente com muita gente conversando alto e ao mesmo tempo, misturado com as músicas do ambiente que o sistema de som desses estabelecimentos comerciais toca o dia todo e que muitas vezes não são do agrado de todos os fregueses. Junte-se a tudo isso o fato que nesses lugares não encontramos frutas de boa qualidade. Quando não existem as que queremos, aquelas que encontramos são azedas e/ou sem sabor. Eu, por exemplo, só encontro manga rosa, laranja pêra de casca fina e brilhosa e banana maçã na feira popular. As compras de cereais eu prefiro fazer na bodega do seu Biu no bairro onde moro. Estaciono o carro bem em frente da sua porta e na hora em que ele está abrindo o seu estabelecimento, sou o primeiro a entrar e a escolher as mercadorias anotadas na lista de compras em total silêncio que se verifica no lugar. Quando passo no caixa não tem ninguém além de mim. Isso não se chama egoísmo, se chama comodidade. Acredito que num lugar desses até um cachorro faria a compra sozinho.
Mas, no sábado passado, descobri um lugar ainda mais tranquilo do que a bodega do Biu para fazer as minhas compras de verdura e frutas. Antes ele era conhecido com “O Verdão”. Hoje a sua razão social passou a ser “Quitandaria”. A extrema tranquilidade desse tipo de comércio começa pelo horário de abertura: às 6 horas. Quem gosta de acordar e fazer tudo cedinho, como eu, é um prato cheio. Ainda escolho nessa hora o melhor lugar disponível para estacionar o carro. Encontro tudo fresquinho e de excelente qualidade. E enquanto fazemos as compras, ouvimos música de qualidade que, segundo uma das moças do caixa, é selecionada pelo dono e executada pelo sistema de som de toda a rede da Quitandaria em todas as suas filiais, como se fosse uma rádio própria deles. Lá só escutamos a nata da MPB.
Na saída, quando eu estava guardando as compras na mala do carro, um rapaz perguntou se poderia me ajudar para ganhar algum trocado. Eu disse que não precisava, porém orientei-o para ele estar sempre com balde d’água e uma flanela em mãos para oferecer aos fregueses uma lavagem rápida dos seus veículos e assim estipular um valor de pagamento. Com o dinheiro apurado ele poderia comprar algumas qualidades de bananas que estão com os seus preços bastante baratos e revendê-las na feira. Ele não me deu atenção. Então deduzi que se tratava de mais um preguiçoso que quer ganhar dinheiro sem se esforçar. É por isso que não dou esmola a quem tem dois braços e duas pernas. Para encerrar esta crônica com um fundo musical que lembre o assunto, considerando o rapaz preguiçoso, o fruto que ele não quis negociar e um fato engraçado que eu soube de um colega rico que num evento onde tinha muitas bananas para os atletas de uma corrida, ele levou uma sacola cheia desse fruto para casa (talvez para vender no calçadão de Boa Viagem onde ele mora), lembrei-me da música “O Vendedor de Bananas”, composição de Jorge Ben Jor, gravada pela Banda “Os Incríveis” e que divulgo no link abaixo. Dêem um clique em cima dele para conferir a letra e os tipos de banana que existem.

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