quarta-feira, 9 de junho de 2021

ASSEDIADORES TRAPALHÕES

A grande maioria das mulheres afirma que cantadas, principalmente aquelas mal dadas, fazem com que elas se sintam como verdadeiros objetos. Algumas, inclusive, temem que a abordagem verbal torne-se física, uma vez que há frequentemente nos noticiários casos de estupro. Isso ocorre porque comumente as cantadas advindas de assediadores trapalhões possuem conteúdo impróprio, que muitas vezes deixam as mulheres envergonhadas, além de fazer com que se sintam ameaçadas, principalmente quando são feitas por seus superiores no ambiente de trabalho. Todos os meses tomamos conhecimento de que importunadores, envergando cargos importantes, sendo figurões conhecidos na mídia, perdem as suas colocações no trabalho por causa de escândalos causados por esse tipo de assedio. Ultimamente isso aconteceu e está sendo divulgado nos noticiários, através de denúncias de mulheres que abriram processos criminais, ainda em curso, contra um cartola da CBF com cara de bufão, e outra, noutro escândalo, envolvendo um dos produtores do programa BBB.

Cantadas idênticas a esta ai de cima é o cúmulo da idiotice. Claro que não podemos afirmar que toda cantada tem por objetivo assustar a mulher, deixá-la constrangida ou até mesmo ameaçá-la. Muitas vezes, a cantada pode ser uma simples piada de mal gosto, mas sem nenhuma maldade. Mas devemos fazer alguns questionamentos: Será que as mulheres gostam desse tipo de abordagem? Será que não existe um modo mais agradável de fazer um elogio? Como as cantadas são consideradas como insultos e até mesmo uma forma de ameaça por grande parte das mulheres, por que os homens insistem nessa artimanha fajuta? Importunar alguém, em lugar público ou local de trabalho, de modo ofensivo ao pudor é uma contravenção penal. O assédio sexual não é paquera nem elogio. É uma manifestação grosseira, independente da vontade da pessoa a quem é dirigida e que pode ser configurado como crime, dependendo do comportamento do assediador. O governo federal disponibiliza o número 180 (Central de Atendimento à Mulher) para mulheres denunciarem os casos de assédio.

Esses analfabetos na arte da conquista deveriam copiar as cantadas sutis que as mulheres dirigem àqueles homens que lhes interessam. Quando eu trabalhava no D.E.R. - PE eu conheci uma mulher casada, muito sofrida, porque o marido todas as vezes que brigava com ela, deixava-lhe uns trinta dias de castigo no quesito sexo, ou, então, viajava sozinho a lazer ou a trabalho, e ainda desligava o celular, alegando que onde ele se encontrava não havia sinal da sua operadora. Ela ficava em tempo de correr doida diante de tanta carência. Certo dia, quando eu adentrei em sua sala para resolver questões de trabalho, ao sair, ela me disse: “Venha sempre me visitar, pois aqui você é bem vindo!”. Quando olhei para trás, ela penetrou o meu olhar com o dela, extremamente faceiro, acrescido de um sorriso ladino que quase desestruturava a minha fidelidade em relação ao meu relacionamento amoroso com a pessoa com quem eu era casado na época. Um perigo danado, pois ela era dessas mulheres que o homem se apaixona facilmente e perdidamente. Mas se naquele instante eu estivesse solteiro, teria dado meia volta e mostrado para ela com quantas massagens com cremes perfumados hidratantes se deixar o corpo de uma mulher pronto para o amor. Porém, naquela ocasião, eu fiz um sacrifício sobre-humano para me sustentar firme contra aquela ardilosa sutileza feminina, empregada numa cantada indireta de derrubar qualquer homem fiel. Numa outra ocasião, quando eu cruzei com ela no corredor do prédio, a mesma elogiou o meu perfume. Isso seria natural se fosse em meio a outras pessoas, porém estávamos sozinhos. Eu relembro sempre dessa artimanha em forma de um doce e SUTIL "assedio" feminino, quando ouço a canção “VEJA BEM MEU BEM”, interpretada pela cantora MARIA RITA. Confira, dando um clique no link abaixo:

terça-feira, 11 de maio de 2021

O dedo invisível do tempo

Alguém que faz parte do seu passado já lhe lembrou de fatos que ocorreram com vocês e que estavam adormecidos na sua mente, os quais você não consegue se lembrar? Quase todos os domingos eu vou participar de um churrasco e tomar banho de piscina na casa de um primo, quase irmão, por termos sido criados praticamente juntos, o qual enriqueceu por esforço próprio. Ele sempre está me lembrando de ocorrências tristes e alegres ocorridas conosco num passado distante. As alegres eu me recordo, porém as tristes, por mais que eu me esforce mentalmente, não consigo lembrar. As tristes se reportam as ajudas que dei para a família dele, quando ele era solteiro, como também quando já era casado com a sua atual esposa. São passagens tão sofridas que o DEDO INVISÍVEL DO TEMPO fez com que se apagassem TOTALMENTE da minha mente. Esse tipo de incógnita já foi revelado por um amigo espírita que acredita na reencarnação e me explicou que o fato de não nos lembrarmos das nossas vidas passadas, é porque as nossas mortes, ocorridas nessas outras nossas passagens pelo planeta Terra, podem nos trazer recordações EXTREMAMENTE DOLOROSAS, e assim a nossa mente nos alivia disso. 
Eu tive também um grande amigo (in memorian) na associação onde trabalho que algumas vezes me presenteava com CDs e DVDs de grandes artistas da MPB. Certo dia ele me deu um DVD de um grande compositor e cantor que eu não conhecia e me disse: “Escuta com atenção as canções desse cantor e depois faça a sua avaliação”. Hoje, depois de vários anos da morte desse amigo, eu estou levando este DVD para ser copiado por uma profissional do ramo, por estar falhando em sua reprodução. Trata-se de uma velhinha que tem o seu ponto de atendimento na mesma rua onde trabalho, possuidora de uma parafernália de aparelhos eletrônicos que reproduz fita cassete, disco vinil, CD para pendrive e faz cópias. Pense numa vovó inteligente e moderna.
Mas, voltando ao tempo em vários anos, quando escutei pela primeira vez o DVD do artista desconhecido pra mim na época, que o amigo MOURÃO me presenteou, fiquei abismado com as letras das canções desse cantor e compositor mineiro, chamado VANDER LEE. A música que eu mais gostei desse DVD, intitula-se: “O DEDO DO TEMPO NO BARRO DA VIDA”. Eis aqui a sua letra: “O dedo invisível do tempo / Modelando nosso destino / No barro da vida é um velho / Girando / virando menino / Sonhando sons / criando asas / E as asas pisando o céu / Entrando e saindo das casas / Brincando qual pipa de papel / Driblando dragões e cometas / E contando histórias pra lua / Brincando de roda com os planetas / Bem ali, na porta da rua / E a tarde fugindo sem pressa / Na velha cidade da luz / Presente no sol que atravessa / Futura na estrela que conduz / O dedo invisível do tempo...”.

VANDER LEE Já gravou com grandes nomes da MPB, como Zeca BaleiroElza SoaresRita RibeiroEmilinha BorbaLeila Pinheiro e Nando Reis. Compôs a música "Estrela" que foi gravada pela cantora Maria Bethânia. Teve ainda a canção "Onde Deus possa me ouvir" gravada por Gal Costa. Foi autor de sucessos como "Românticos", "Iluminado" e "Esperando Aviões". Morreu ainda jovem com 50 anos de idade, vitima de um infarto. Mas para interpretar esta canção que eu adoro, escolhi uma pessoa também de Minas Gerais, conhecida nos meios artísticos como marcos Catarina (irmão caçula do Vander Lee)por ter um timbre de voz igual ao do irmão, bastante cristalino e suave (difícil de se ouvir nos dias de hoje), porque o seu clipe tem imagens que lembram a letra da canção. Dê um clique no link abaixo para conferir:

quarta-feira, 7 de abril de 2021

O PODER DO OLHAR DE JESUS CRISTO


Através do olhar conseguimos captar palavras não pronunciadas ou até mesmo discernir sentimentos ocultos. Segundo LucasJesus Cristo tinha um olhar firme, mesmo que sofredor e cheio de amor, quando o fixou em Pedro que acabara de negá-lo, como ele havia previsto. Parecia que o olhar de Jesus penetrava nas profundezas da alma de quem o fitava. Com os olhos revelamos se estamos bem ou mal, amando ou odiando, indiferente ou tendo compaixão. Jesus também se comunicava assim com as pessoas e, principalmente como os seus discípulos. Psicólogos e neurocientistas têm estudado o contato visual há décadas e suas descobertas revelam muito mais sobre seu poder, incluindo o que nossos olhos revelam e como o olho no olho muda o que pensamos sobre a outra pessoa que nos mira. Se alguma pessoa se aproxima de você, tentando lhe ludibriar com algum negócio escuso, um olhar firme, sério e penetrante dirigido ao dele, já lhe diz que você não está acreditando em suas palavras, deixando ele ciente de que você não será mais uma vítima dos intentos dele.

Na sexta-feira santa, resolvi mais uma vez assistir ao meu DVD do filme BEN-HUR com Charlton Heston no papel principal. Desta vez a minha esposa teve tempo de assistir comigo. Pedi para ela prestar mais atenção nas expressões faciais e nos olhares dos atores (que os distingue dos menos competentes) do que propriamente em seus gestos e palavras. No filme existe uma cena em que JUDÁ BEN-HUR está sendo levado preso e acorrentado aos outros condenados, através do deserto, e param justamente em frente a uma cacimba d’água da casa de Jesus Cristo que nesse momento está terminando um trabalho do seu pai que era carpinteiro. Os soldados romanos pedem água primeiramente para os cavalos e depois para eles, deixando por último os prisioneiros, porém excluindo JUDÁ BEN-HUR. Quando Jesus levanta a cabeça de JUDÁ BEN-HUR que está caído de fraqueza no chão, e está lhe dando água, recebe uma ordem do comandante da legião romana que com um chicote na mão lhe diz: “Eu já falei que nada de água para ele”, e se aproxima ameaçador em direção a JESUS CRISTO, que só faz simplesmente se levantar e encará-lo com firmeza, sem dizer uma palavra.

O comandante o fita por três vezes e em todas elas abaixa o olhar e dá meia volta. Portanto, encontrar o olhar de alguém quase imediatamente envolve uma série de processos cerebrais, pois entendemos o fato de estarmos lidando com a mente de outra pessoa que está olhando para nós. Como consequência, nos tornamos mais conscientes da ação de alguém, principalmente se ele for um idiota, de que ele tem uma mente e uma perspectiva própria - e isso nos torna mais autoconscientes. E isso funcionava bem melhor em Jesus Cristo pelo seu poder divino. E para defini-lo melhor em poucas palavras, existe a canção intitulada O HOMEM, composta e gravada por ROBERTO CARLOS. Recorde-a dando um clique no link abaixo:

segunda-feira, 29 de março de 2021

   SOLUÇÃO PARA A MISÉRIA EM LONGO PRAZO

Eu assisti pela televisão a miséria de perto. O jornalista Roberto Cabrini adentrou nas favelas do Rio de Janeiro para entrevistar os seus moradores que passam fome. As vielas são tão estreitas quanto um corredor de uma casa ou apartamento. Foi constrangedor e revoltante saber que num país de tantas riquezas naturais ainda existam pessoas sem ter o que comer e agora impedidos de trabalhar por causa da covid-19. Um amigo meu, eleito vereador pela primeira vez por Jaboatão dos Guararapes - Pernambuco revelou que durante a sua campanha e andanças pelas favelas desse município, também viu muita miséria de perto. O que eu não entendi, foi o fato de existir milhares de mulheres faveladas que não podem criar sequer um filho, terem quatro, cinco ou seis(?). Aqui no centro do Recife existe um posto de saúde, Gouveia de Barros, que há muitos anos distribui gratuitamente, preservativos e pílulas anticonceptivas. Então, acredito que em outros postos, localizados em outras cidades do Brasil, também haja essa ação para o controle da natalidade. Por que os governantes das três esferas não arregimentam agentes de saúde para visitar as favelas, promovendo uma campanha de planejamento familiar?

O Planejamento Familiar é uma espécie de controle da taxa natalidade mais sutil e flexível exercida pelos governos de diversos países. Ao invés de se estabelecer controles rígidos sobre o crescimento da população, essa é uma medida voltada para educar os casais e convencê-los de que o melhor é ter menos filhos, ensinando a eles questões sobre os custos de se ter uma criança e sobre os métodos contraceptivos existentes. Outra coisa que eu senti falta na aludida reportagem foi a ausência dos maridos procriadores (as mulheres entrevistadas estavam sempre sozinhas com os seus filhos) e a falta de informação sobre os programas de alimentação escolar do lugar, como os que já existem promovidos pelas prefeituras de Pernambuco, onde os pais dos alunos, mesmo sem haver aula presencial, recebem cestas de alimentos ou cartões corporativos (não confundir com aqueles milionários do Planalto Central direcionados a quem não precisa), para a compra de alimentos.


Há 35 anos, já com dois filhos para criar, mesmo sendo numa época de mais fartura, achei que já era hora de parar de jogar filhos no mundo, quando nasceu o terceiro. Na época aqui em Pernambuco pouca gente sabia o que era VASECTOMIA, então falei com um médico jovem que trabalhava no Hospital São Mateus, localizado em frente ao estádio do SPORT e disse-lhe que eu tinha lido numa revista do sul do país sobre esta cirurgia que deixava o homem estéril e queria que ele me tornasse infértil. Ao invés de me incentivar, ele disse-me que também tinha vontade de fazer este tipo de procedimento para não fazer mais filho, mas tinha medo. Se fosse outro paciente dele, teria desistido ali mesmo, mas, mesmo assim, continuei decidido, e assim foi feito. Esta vasectomia me livrou de muitas situações vexatórias, principalmente quando o tio de uma ex-namorada minha de Petrolina me disse que eu tinha engravidado a sua sobrinha. Mandei para ele pelos Correios, a nota fiscal do hospital provando a vasectomia e o resultado do meu espermograma, comprovando que eu não produzia mais espermatozoide. Talvez ele não tenha entendido, mas alguém deve ter lhe explicado sobre o assunto, pois ele não me importunou mais.

Mas continuando com esta minha convicção de que o controle da natalidade da população brasileira é uma das soluções para reduzir no futuro a miserabilidade no nosso país, devo lembrar que não estamos mais naquela época em que os maridos cobravam de suas esposas, muitos rebentos para massagear o seu ego de macho reprodutor. Um filho ou no máximo dois é a quantidade ideal para que um casal tenha uma condição regular de criá-lo(s) com dignidade.  A banda TITÃS em seu auge gravou uma música protesto, intitulada MISÉRIA, falando em poucas palavras porque ela existe. Na sua introdução e no meio da canção, um casal de cantores que fazia emboladas na praia de Boa Viagem (MAURO E QUITÉRIA) diz frases sem nexo, mas que soam bem em meio à melodia. Este casal, natural do RECIFE, foi descoberto e aproveitado por PAULO MIKLOS, componente da Banda. Mauro e Quitéria chegaram a fazer participação em shows da banda e a ganhar dinheiro com direitos autorais. Confira a canção, dando um clique no link abaixo: