homenagem aos viajantes e a Nelson gonçalves

O grande imortal e saudoso cantor Nelson Gonçalves completaria 100 anos de idade em 2019 se estivesse vivo. Porém, ele ainda está vivo na lembrança daqueles que curtiram e ainda curtem as suas músicas. Algumas coincidências me fizeram fazer esta pequena homenagem para ele. Primeiro, por causa da nossa data de nascimento (21 de junho), pela qual tive o enorme prazer de receber este ano dezenas de belas mensagens de parentes, amigos e leitores das minhas crônicas. Inclusive, por coincidência, até no Beach Hotel Jacumã na Paraíba (simples, mas bom e barato) onde fui comemorar o meu aniversário, lá encontrei duas leitoras que eu nem conhecia, mas elas me reconheceram por causa da minha foto no meu Blog. O Segundo motivo é que os nossos pais tinham Manoel no nome. Por fim, tenho um pouco dos seus traços fisionômicos. Somando-se a isso, as músicas que ele gravou retratam alguns trechos da minha vida, as quais eu as acompanho desde a infância. Isso prova que preferência por determinadas músicas não depende da idade e sim do gosto musical, além dos ouvidos e sentimentos mais apurados.

A parte triste da história do Nelson Gonçalves é que ele, como muitos outros artistas de fama nacional e internacional, enveredou também pelo funesto caminho das bebidas e das drogas. A sua voz grave e penetrante tornava até as mais simples composições em sucessos. O interessante era que mesmo ele sendo gago, ao cantar não gaguejava. Ele cantava todos os estilos musicais com maestria e fez diversas parcerias que ficaram conhecidas até internacionalmente. Nelson foi o segundo maior vendedor de discos da história do Brasil, com mais de 81 milhões de cópias vendidas, ficando atrás apenas de Roberto Carlos. Como música tema desta crônica e numa HOMENAGEM A TODAS AQUELAS PESSOAS QUE GOSTAM DE VIAJAR, escolhi uma das mais belas canções já compostas até hoje no Brasil, intitulada VIAGEM, composta por Paulo César Pinheiro em 1963, quando ele tinha apenas 14 anos de idade. Como eu gosto muito de viajar com a esposa e os netos, relembrarei agora desta belíssima música na voz do Nelson Gonçalves, que por coincidência é a única que eu não tenho no meu acervo de CD e DVD. Veja a sua letra e as paisagens deslumbrantes mostradas neste clipe musical que capturei no youtube, e que foi postado por Erigilson Gonçalves. 

OS CASTIGOS DOS INIMIGOS DA LEITURA

Cinco em cada dez adultos brasileiros não freqüentam escola além do ensino fundamental, diz o IBGE. Três em cada dez jovens e adultos de 15 a 64 anos, 29% do total, o equivalente a cerca de 38 milhões de pessoas, são considerados analfabetos funcionais que possuem muita dificuldade de entender e se expressar por meio de letras. No ENEM 2018, o número de candidatos a uma vaga na faculdade que teve a redação ZERADA foi assustador: 112.559 (cento e doze mil, quinhentos e cinquenta e nove) alunos CONCLUINTES DO ENSINO MÉDIO. Essa deficiência com a leitura e a escrita está atrelada ao fato de que boa parte dos brasileiros não gosta de ler. Existem pessoas que denotam até ter pavor da leitura. Eu que trabalho com o público que o diga. Quando eu distribuo panfletos com o anúncio de algum evento, tem gente que pergunta: “O que é que está informando aqui?”, com preguiça de ler. Tenho colegas de trabalho com alto cargo na empresa que corre da leitura como o diabo da cruz. Acho que isso já virou uma doença, uma espécie de epidemia. É inaceitável a pessoa não gostar de ler nada (livro didático, jornal, revista e até bula de remédio).

Mas os castigos para os inimigos da leitura não se restringe somente a não passar num concurso público ou nas provas dos seus cursos e vestibulares. Na associação onde trabalho, ou o sujeito lê o nosso Blog ou vai perder a sua viagem para as consultas médicas, uma vez que qualquer alteração no horário médico ou avisos de algum outro imprevisto está publicado lá. Antigamente eram muitos a voltar para casa, porém atualmente a maioria está adquirindo o hábito da leitura. Mas, o MAIOR CASTIGO QUE EU JÁ PRESENCIEI NA MINHA, sofrido pelos inimigos da leitura, foi num almoço em Goiânia – GO. A nossa associação levou uma delegação de funcionários públicos para um Congresso dessa classe, realizado nessa cidade. Chegando lá, fomos recepcionados com um almoço. No arroz colocaram um fruto cozido chamado PEQUI. Dentro dele existem muitos espinhos. Então, notei que em todas as paredes do refeitório estava afixado um aviso dizendo PARA QUE NINGUÉM O MASTIGASSE. Os inimigos da leitura não leram este aviso.

O resultado é que a cada dez minutos, passava por mim UM PERNAMBUCANO com a língua para fora da boca, cheia de espinhos em direção a uma ambulância para que a enfermeira tirasse os mesmos com uma pinça. Alguns ainda conseguiam falar, mas com a língua para fora. Eu nunca tinha visto algo igual. Isso ficou registrado no livro de reunião de diretoria da associação. Seria trágico, se não fosse cômico. Mas, dentre os inimigos da leitura, como também entre os analfabetos ou analfabetos funcionais (que não entende ou faz que não entende o que lê) existem aqueles que sofrem ou faz os outros sofrerem graves consequências que ocasionam  DELITOS E MORTES. Exemplos: Na igreja existem centenas de padres pedófilos que confundem o que Jesus Cristo recomendou: “Vinde a mim as criancinhas”; na praia de Boa Viagem em Recife, morreram e se acidentaram vários banhistas por pensar que uma placa mostrando a foto de um tubarão era para alisá-lo;  nas rodovias se acidentaram e morreram milhões de pessoas por confundirem velocidade máxima de 80 km/h, explicita nas placas, por 180 km/h; muitos políticos confundem o que o santo São Francisco de Assis recomendou: “É dando que se recebe”. Coitados dos nossos livros desprezados nas prateleiras das casas e das livrarias. Hoje, até um gato gosta mais de ler do que o seu dono, porém aderiu ao seu vício de linguagem.

O castigo mais recente para uma inimiga da leitura foi sofrido por uma PROFESSORA (?), associada da associação de classe onde trabalho. Ela requisitou um caminhão de mudanças (um dos nossos benefícios aos nossos associados) e, apesar da recomendação de ler as clausulas do contrato, nem leu a primeira recomendação de que seria da sua alçada a contratação de pessoas para desarmar os móveis e carregá-los para dentro do caminhão, como também ligar um dia antes para o motorista ou pelo menos atender ao telefonema dele para dirimir dúvidas quanto ao endereço dos que requerem esse serviço, o que não ocorreu nem de uma forma e nem de outra. Resultado: Ela só iria fazer a mudança no próximo ano, pois a agenda do caminhão está cheia até o final de dezembro. A salvação foi à benevolência do nosso motorista que agendou a mudança dela num horário de trabalho que não era o dele. Agora, o maior perigo para aqueles inimigos da leitura jamais encontrarem a cura para este tipo de “doença”, são as redes sociais que lhes tomam o tempo e a atenção, lendo curtos enunciados e vendo fotos de comida e mulher produzida ou seminua. Para eu arregimentar mais de 300 leitores por dia para as minhas crônicas tenho que “suar a camisa”, recomendando a um por um dos internautas que acessem o meu blog, enquanto a foto de um rosto e corpo bonito de uma mulher postado no Facebook em poucas horas alcança mais de duzentas curtidas. Os abobalhados ao que parece nunca viram uma mulher na vida. Quando eu era solteiro não perdia tempo SÓ OLHANDO. Quem me interessasse já chamava para passar um final de semana lá em casa. Como diz a letra de uma música dos TITÃS: “Só quero saber do que pode dar certo / Não tenho tempo a perder”. Para finalizar, já que eu falei também dos estudantes, eles precisam ouvir um conselho contido na letra de uma bela canção do Milton Nascimento, clicando em cima do link abaixo:

PELA EXTINÇÃO DAS EMBALAGENS PLÁSTICAS

Two Sides é uma organização global, sem fins lucrativos, criada em 2008 por membros das indústrias de celulose, papel e comunicação impressa. Two Sides promove a produção e o uso responsável da impressão e do papel, bem como esclarece equívocos comuns sobre os impactos ambientais da utilização desse recurso. O papel, por ser proveniente de florestas certificadas e gerenciadas de forma sustentável, é um meio de comunicação excepcionalmente poderoso, de fonte renovável, reciclável e biodegradável. Unir os interesses comuns da indústria da comunicação impressa e daqueles industriários que fabricam ou queiram fabricar embalagens e outros produtos de papel em substituição as embalagens descartáveis de plástico, pode garantir a segurança do meio ambiente agora e no futuro. 

Ainda existem padarias, como a Triunfo Gourmet localizada em frente à Praça Chora Menino em Recife que usa sacolas de papel para embalagem de pães e outros produtos. A padaria do supermercado EXTRA já aderiu também a esse tipo de embalagem. Esse exemplo deveria ser seguido por outras padarias, além de mercadinhos e supermercados, abolindo de vez as sacolas de plástico que causam muitos danos a natureza.  O governo por sua vez poderia não só proibir o uso do canudinho de plástico como também todo o tipo de material descartável fabricado a partir dessa matéria prima. Por outro lado, deveria incentivar as indústrias e os fornecedores de materiais plásticos para mudarem de ramo e passar a fabricar e comercializar embalagens e outros produtos descartáveis somente a base de papel.

Atualmente encontramos lojas que embrulham os produtos com papel decorado. Antigamente as farmácias só utilizavam folha de papel que vinha em bobinas para embrulhar os remédios, enquanto os supermercados e padarias só possuíam sacolas desse material personalizado com a propaganda do estabelecimento. Não é novidade para ninguém que o plástico, de forma indireta, está extinguindo a vida aqui na terra. Se não houver um freio na prática das pessoas em jogar esse material a ermo, ocasionando a obstrução das galerias de águas pluviais, causando enchentes nas grandes cidades, além de exterminar a vida marinha nos marés que estão repletos desse tipo de lixo, estaremos caminhando para o fundo do poço. Ou o governo criminaliza esse tipo de atitude e promove uma vigilância enérgica ou proíbe a fabricação de material plástico e incentiva as indústrias a mudarem de atividade. Caso contrário, o extermínio dos seres vivos em nosso planeta será fato com a ajuda também de outros tipos de poluição, já reclamados na música “XOTE ECOLÓGICO” que não deixa também de ser um protesto contra o assassinato do Chico Mendes, um antigo defensor da Amazônia contra a sua devastação. “Xote ecológico” foi gravado por Luiz Gonzaga no LP de vinil “Vou te matar de cheiro” em 1989, pela gravadora Copacabana. Então, já naquele tempo existia a devastação que continua até hoje e até agora ninguém tomou uma atitude definitiva contra esse extermínio lento da humanidade. Confira o clipe vídeo-aula desta canção na voz do Rei do Baião, acessando o link abaixo.

ARRANCA RABO ENTRE BOLSONARO E CHICO BUARQUE

Existe um ditado popular que diz: “TUDO VALE A PENA, QUANDO A ALMA NÃO É PEQUENA”. Talvez este conselho se espelhe no que Jesus Cristo recomendou que devêssemos tratar os amigos e inimigos por igual. Na política tem muito disso. Hoje os políticos inimigos declarados, serão os melhores amigos no futuro (vide Eduardo Campos e Jarbas Vasconcelos). As raposas políticas sabem que até os inimigos tem serventia, e isto é fato. Eduardo Campos utilizava muito essa prática de trazer para si os inimigos, oferecendo a outra face para bater, como recomendou o filho de Deus. Porém, em troca, recebia apoio político e notoriedade dentre a oposição. Idiotas são os seus eleitores que chegam a trocar tapas para defender as suas ideologias políticas e os seus candidatos. Então, é muita bobagem essas atitudes pequenas do Bolsonaro, ao não querer assinar um título do gênio da música popular brasileira Chico Buarque de Holanda. Essas picuinhas parecem àquelas briguinhas de crianças, coleguinhas de escola, quando um empurra a banca onde o outro está, derrubando-o.

Existem também aqueles eleitores de Bolsonaro (o qual teve o meu voto e continua tendo o meu apoio) que eram fãs do Chico Buarque e depois deixaram de ser só porque esse grande compositor e cantor não apoiou a campanha do nosso presidente. Nunca vi coisa mais ridícula. Ora, eu gosto das músicas dele e não do que ele segue ou faz. Inclusive já aproveitei muitas vezes a letra das músicas dele para criticar membros do partido que ele apóia, uma vez que essas músicas não têm referência nominal a este ou àquele político. Existem ainda aqueles fãs que deixam de curtir os seus ídolos ao descobrir que os mesmos são gays. Outros ficam intrigados com amigos e parentes que divergem da sua ideologia política. Daqui a pouco vão deixar de falar também com essas pessoas porque descobriram que eles soltaram um pum em local e horário impróprios. Tenham a santa paciência com essas pessoas, boa parte delas seguidoras das escrituras da bíblia, mas somente de leitura, porque na prática... Eu Já presenciei até uma cusparada de uma mulher no rosto da outra por causa de uma discussão sobre política.

Eu tenho me servido muito de pessoas que me antipatizam, como também de outras que eu antipatizo. Mas a todos dou o tratamento igual. Certa vez eu estava no refeitório do órgão onde trabalho e a cozinheira colocou no meu prato os dois últimos pedaços de determinada iguaria. Nesse momento chega ao meu lado um colega que me odeia aos extremos e perguntou a ela se teria outro pedaço daquela carne. Como eu vi que ele estava mais interessado naquele tipo de carne do que de outras que ainda sobravam na panela, dei um dos meus dois pedaços para ele. Meu Deus do céu, por acaso isso me fez passar fome? Agora, o nosso presidente Bolsonaro e Chico Buarque precisa entender que eles têm seguidores adeptos dos dois lados, como eu, que votei em Bolsonaro, mas não deixo de ser fã do Chico, e por isso mesmo eles deveriam respeitar os seus públicos. Para quem está esquecido, na política os partidos e os seus membros funcionam como a GENI, personagem de uma música do Chico. Quando não se precisa deles, jogam pedras e bosta, mas quando podem ser úteis, são benditos. Lembrem desta comparação ouvindo e vendo o clipe musical da canção GENI E O ZEPELIM, clicando no link abaixo, extraído do Youtube. 

A SIMPLICIDADE DE Jesus cristo exaltada

Um dos meus irmãos não consegue me enviar recado via celular porque o meu simples aparelho que custou oitenta reais não possui o recurso do WhatsApp. Revoltado, ele ligou para mim, mas como eu estava dirigindo pedi a minha esposa para atender a ligação, a qual recebeu a seguinte sugestão dele: “Diga a Cláudio que segure a direção com uma mão e com a outra abra o vidro da janela e jogue fora o celular dele”. Aproveitei o recado não para cumpri-lo, mas como inspiração para construir mais esta crônica. Ele, como muitas outras pessoas, altamente religiosas, que vivem frequentando igrejas, lêem e escutam palavras que ensinam uma coisa, enquanto praticam outra. Primeiro, o homem que eles dizem seguir os conselhos era tão simples que nasceu numa manjedoura e pedia constantemente que todos se despojassem dos seus bens e o seguisse. Segundo, ele recomendava que quando alguém quisesse orar se trancasse no quarto, pois o pai dele por ser um ser divino e de luz, ouviria. Portanto, é o que estou fazendo, mesmo não sendo beato de igreja.

A minha receita monetária, juntamente com a da minha esposa é depositada numa única conta bancária e depois saímos distribuindo grande parte dela entre os nossos parentes que estão desempregados, como Jesus pediu. As coisas que usamos são mais simples possíveis, no entanto atendem as nossas necessidades pelas suas praticidades. Por exemplo, compramos um Voyage 2019, mas quase sem nenhum acessório. Para que tanto recurso tecnológico com chave canivete e outras parafernálias, se para abrir as portas do carro temos que chegar até elas, e para se comunicar com alguém existe email, facebook e o telefone através da viva voz? Quanto ao carro, basta ele ter uma mala grande para carregar o monte de material escolar da esposa que ensina em dois estabelecimentos e estuda em outro, além de um ar condicionado por causa do nosso clima tropical, além de um rádio sintonizado na Tribuna FM que executa músicas de qualidade. Quem quiser que eu coloque o recurso Bluetooth no carro, para eu falar dirigindo, já sabe do horário em que eu estou em casa ou no trabalho. Portanto, ligue para mim em viva voz, pois tem mais calor humano.

Eu já repeti várias vezes em minhas crônicas que o meu celular é o MAIS VALIOSO DO MUNDO, pois é ÚNICO PERSONALIZADO, ANTIFURTO E ANTIROUBO, o qual já me livrou várias vezes de situações perigosas. Um mesmo modelo dele a minha esposa possui e também já a livrou de ser furtada em um dos seus locais de trabalho, lugar onde não deveria haver ladra, pois era costume desaparecer celulares desse tipo sofisticado, uma vez que as amigas do alheio levavam para casa quando os encontrava longe das suas proprietárias. Certa vez, a minha esposa esqueceu este maravilhoso celular no banheiro e quando voltou ele não estava mais lá. Esperou que todas as colegas de trabalho estivessem reunidas e perguntou: “Alguém achou o meu celular dentro do banheiro?”. Uma delas respondeu: “É este aqui?”. A gargalhada foi geral, não pelo fato de ser um celular “peba”, mas sim porque todas sabiam que se fosse um desses do meu irmão ninguém se acusaria dizendo que o havia encontrado. Para mim esses celulares modernos só servem para o casal que não gosta de conversar entre si ficar nos lugares públicos sem dar atenção um ao outro, somente acessando as redes sociais.

Eu e a esposa primamos pela vida simples, como ensinou Jesus Cristo, mesmo não frequentando igrejas. O nosso casamento no civil foi realizado no Fórum de Olinda, somente com a presença de testemunhas e sem pompas. O realizado na igreja, nós dois mesmo o fizemos, sem a presença do padre e de convidados. Chegando numa capelinha onde o altar e as cadeiras foram feitas de pedra paralelepípedo e o telhado é formado por raízes e galhos de mato dentro do maior teatro ao ar livre do mundo, onde se realiza o espetáculo da Paixão de Cristo em Fazenda Nova, distrito de Brejo da Madre de Deus - Pernambuco, achamos o momento propício para pedir a benção de Deus à nossa união, diante daquele altar tão simples, mas cheio de significados e assinamos num pequeno caderno que dispúnhamos naquele momento as nossas juras de amor eterno. FOI UM MOMENTO MÁGICO. E esta forma de casar naquela igrejinha singela deu tão certo que atualmente já passamos do tempo em que muitos outros casais se separam. No começo do próximo ano completaremos 14 anos de união. Falando nisso, ontem renovamos os votos dessa união e também as alianças, comprando um par numa loja do Shopping Nort Way Paulista, uma vez que as antigas não cabiam mais em nossos dedos. Estão vendo no que dá, estar tomando frequentemente Coca-Cola? Como diz a letra da música “IRMÃOS DA LUA” do Renato Teixeira: “O simples resolve tudo / Mas tudo na vida às vezes / Consiste em não se ter nada”. Ouça a canção na voz do Renato, dando um clique no link abaixo:

O DIA EM QUE EU VI A LUZ DIVINA E A INCONVENIÊNCIA DAS SEGUNDAS INTENÇÕES

Um intelectual, amigo virtual e leitor assíduo das minhas crônicas, em tom de brincadeira, tentou sugerir que no tempo em que eu dirigia novenas em SURUBIM também estaria de olho nas beatas. Respondi que durante a minha adolescência, em vista da educação rígida que tive dos meus pais, eu jamais cometi a inconveniência das segundas intenções nos meus atos. Tudo o que eu fazia era somente para satisfazer ao meu ego e ao meu espírito tendo por direção um único sentido. Por exemplo, se eu dançasse com uma jovem, era, e ainda é apenas pelo prazer da dança. Se eu orasse, meu pensamento seria somente dirigido a Deus para agradecer e não para pedir algo ou ter a salvação da alma, algo que ele poderá me conceder se achar que mereço. Acredito que Deus não é surdo e nem esquecido, e, portanto, não é preciso gritar e nem me juntar a outras pessoas para que ele me escute, e nem tão pouco viver repetindo o que ele já sabe. Também, nunca gostei de me relacionar com as mulheres do meu círculo de amizades, para também não misturar as intenções. Isso evita ainda que os amigos fiquem sabendo até dos pormenores íntimos entre os dois. Outro detalhe é que naquele tempo o namoro consistia somente em pegar nas mãos da amada e trocar alguns beijinhos de leve. Inclusive até os meus vinte anos de idade eu ainda era virgem. 

Muita gente pratica uma determinada ação com a intenção em outra totalmente diferente. Por exemplo, existem homens que rezam em templos, coletivamente, mas a verdadeira intenção é paquerar as fieis e/ou insistir nos seus pedidos às divindades para ter um melhor lugar no céu, ou seja, a busca por uma recompensa. Dentro desta situação há a inconveniência das segundas intenções. Já outros beatos costumam dispensar ao próximo, o contrário daquilo que eles aprenderam na religião. Falando em religiões são muitos os seus dogmas e escândalos, e cada uma, acha que o melhor caminho para se chegar até Deus é o orientado por ela, e que a verdadeira bíblia é aquela usada pelos seus fieis. 

Não lembro se quando criança ou adolescente (antes ou depois dos 12 anos de idade), eu pedi emprestada uma bíblia de um tio, que era “Pai de Santo” e que tinha um terreiro de umbanda na casa dele. Na sala da minha casa, lendo a mesma, ao pronunciar o enunciado que Jesus Cristo curou um cego, um facho de luz veio do telhado até a mesa onde eu estava. Assustado, eu olhei para cima e a luz sumiu. Procurei observar se existia alguma telha quebrada onde a luz do sol pudesse passar pela sua fresta e fazer aquele efeito, mas todas estavam intactas. Para testar, pronunciei novamente as mesmas palavras da cura do cego pelo filho de Deus, e novamente o facho de luz se fez presente. Foi então que dei um grito, assustado, chamando a minha mãe. Se eu contasse isso a uma pessoa religiosa, ela poderia dizer que aquela foi a luz do demônio, pois aquela bíblia era de um umbandista. 

Mas, como também não sou nenhum santo, quando iniciei a minha vida sexual, dei os meus “pulos de cerca”. Eu tinha uma namorada que ainda era virgem (naquele tempo a virgindade tinha uma durabilidade maior). Ela, além de pudica, era muito religiosa, daquelas beatas fanáticas por missas e procissões. Era uma moça séria que pouco sorria para as pessoas. Vivia confessando ao padre pecados que ela não tinha e me dizendo que esperava o paraíso. Eu repetia para ela o que dizia mais ou menos uma canção do Chico Buarque que fez muito sucesso na época: “A vida pra você é feita de um rosário que custa tanto a se acabar. Isso é mesmo necessário para se salvar? Pra que tanta reza? Você já perdeu a conta de tanto rezar!”. Enquanto isso, eu tinha outra namorada, mas que não era só minha. Ela não tinha paraíso, pois não dava muita importância, não, uma vez que forjava o seu sorriso e fazia do mesmo, profissão. Como as duas moravam uma perto da outra, o acaso fazia com que essas duas que a sorte sempre separou, se cruzassem pela mesma rua, olhando-se com a mesma dor. Portanto, todas as vezes que escuto a música “UMAS E OUTRAS” do Chico Buarque, de onde eu tirei as palavras acima, eu lembro-me delas duas. Confira a letra da canção dando um clique no link do clipe musical abaixo.

A VELHICE PRECOCE DE QUEM PERDEU O CôNJUGE 

O Jornal do Commercio publicou no primeiro semestre deste ano de 2019 uma página inteira de notícias e crônicas que foram manchetes no jornal The New York Times versando sobre a tendência de a cantora canadense Celine Dion ser aficionada por roupas fashionista. Um trecho da reportagem, dizia: “O guarda-roupa inclui preciosidades ousadas que inspiram inúmeros memes e que a publicação de moda The Cult, da revista New York, apelidou de “A Renascença de Dion”. “Cada item de roupa me aproxima da criação de um personagem”, diz ela. Mas, enquanto a mundialmente famosa cantora se preocupa tanto com as suas vestes e o glamour, ela se esquece de cuidar da sua aparência facial. Aos 51 anos de idade, está com o aspecto de uma mulher de 80.

Um dos motivos para esse seu envelhecimento precoce, pode ter sido o abalo emocional que ela sofreu com a morte do seu marido René Angélil (1942-2016), com quem conviveu por 22 anos. Ela chegou a declarar que ele foi o único homem da sua vida e que nunca beijou outro homem. Disse ainda que sentia muita falta dele. Chegou ao ponto de declarar: “Eu tomo decisões sozinha, agora. Eu sinto como se estivesse o traindo”. Ela mantém uma réplica de bronze das mãos do marido, a qual aperta e bate com ela na madeira todas as noites, antes de cada apresentação nos shows. O produtor, empresário e marido de Dion, faleceu aos 73 anos, vítima de um câncer na garganta, segundo informa o site da Folha de São Paulo, seção OUL HOST. E como ela declarou também que não tem interesse por outro relacionamento conjugal, a sua vaidade pode se restringir somente às vestimentas.

Desde 2003, essa cantora atuou em mais de mil shows para mais de 4,5 milhões de fãs no Colosseum (dentro do Caesars Palace Resort) e em outros locais em Las Vegas. Sua canção mais famosa é “My Heart Will Go On”, tema do filme “Titanic”. Celine fez essa canção especificamente em homenagem a seu falecido marido e tem que interpretá-la em todos os shows. Finalizando, deduzo também que esse provável desleixo com a aparência facial (outra artista, principalmente brasileira, já teria feito várias plásticas) é como o desejo daquela esposa que mesmo de pouca idade já possui cabelos brancos, mas não quer pintá-los para se sentir com a mesma idade do marido bem mais velho que ela.

Eu tenho um DVD do show da Celine Dion em Las Vegas e cada vez que o assisto, e o escuto através do som estéreo e amplificado das caixas de som, é como se estivesse presente no Colosseum e viajasse num sonho encantado, o qual está recheado com cenas de efeitos especiais ao vivo e coreografias inimagináveis dos seus bailarinos. Quando ela interpreta no seu show a música que fez para o marido, uma de suas bailarinas parece voar no palco. Este e um tipo de show que se alguma produtora  conseguisse trazer para o estádio da Arena em São Lourenço da Mata, lucraria mais que o dobro com a procura de ingressos pelos brasileiros de todos os Estados, que viriam em Caravanas para vê-la. Enquanto esta ideia surreal não se tornar em realidade, deixo vocês vendo o clipe da música tema do Titanic, com cenas desse filme, e sabendo da sua letra que foi traduzida para o português. Cliquem no link abaixo e se emocionem como eu. 

AS PROCISSÕES (ANTIGAS E ATUAIS)

Nos anos 60, durante a minha infância e adolescência eu gostava de dirigir novenas religiosas na casa do sítio do meu tio num lugarejo chamado Cai-Ai em Surubim, cidade do agreste de Pernambuco, diante de um pequeno altar que existia na sala. Eu rezava em voz alta o primeiro período de uma determinada oração e as pessoas presentes davam seguimento à sua segunda parte em forma de cântico, também em bom tom. Outro costume meu naquela época era acompanhar as procissões religiosas.  A Procissão é um corpo organizado de pessoas caminhando de uma maneira formal ou cerimonial. Muitas vezes acontece sob a forma de um cortejo realizado em marcha solene normalmente pelas ruas de uma cidade, carregando imagens e entoando orações ou cânticos. Nessas procissões de antigamente a gente carregava uma vela dentro de um funil feito de papel. Hoje esses protetores de velas, para que elas não se apaguem pela ventania presente nas ruas, são mais sofisticados. Alguns são em formato de taças, feitas de vidro.

Atualmente a PROCISSÃO que eu acompanho é diferente. É a procissão dos carros, cujos motoristas não possuem habilidade suficiente na dirigibilidade dos seus veículos, ocasionando congestionamentos quilométricos. A prova dessa falta de uma adequada condução do automóvel é que se eu estiver na primeira posição diante de um semáforo vermelho, quando ele fica verde, dou partida normal no meu carro, trocando as marchas no tempo certo, sem precisar dar “arrancadas”, e mesmo assim quando olho para trás vejo os outros veículos numa distância considerável. O problema é que eles engatam a primeira marcha, e para passar à segunda, ligam primeiro para os seus parentes e para o DETRAN, pedindo permissão.

Esses motoristas adeptos da procissão veicular também saem de manhã bem cedo, sem estar dentro do horário deles de cumprir com as suas obrigações cotidianas, talvez com medo de pegar engarrafamentos mais tarde, e assim, sem pressa, passam a desenvolver uma velocidade em torno dos 40 km/h, sem se importar com quem está vindo atrás. E ainda mais, param diante de sinais de pedestres num horário em que nem as formigas querem atravessar a pista, pois estão dormindo. Nos países mais desenvolvidos quem trafegar numa velocidade muito aquém à normal, na faixa de rolamento inapropriada para isso, também é multado. Ora, se eles gostam de trafegar muito aquém da velocidade permitida, então por que não saem de casa no horário do rush que é o horário de trafegar devagar, quando ai sim eles podem ocasionar esse tipo de PROCISSÃO VEICULAR?  Eu já disse para a esposa que vou pedir indenização a esses motoristas “fora de hora” por usar o meu horário de manhã cedo, onde o registrei há anos como um “DIREITO AUTORAL”. Dependendo do horário, existe procissão veicular até para lavar o carro em lava jato e para abastecer o carro em postos de combustíveis. 

Falando nisso, num dia de sábado fui abastecer o veículo num posto do bairro onde moro, vestindo uma bermuda azul, combinando com a sandália da foto acima que a denominei de “Sandália da Anitta”. Como sempre um frentista começou com aquelas repetidas perguntas chatas: “Doutor, o senhor quer que eu verifique o nível do óleo do motor e do bojo da água de limpar o pára-brisa? Quer trocar as palhetas?”. Para ele não fazer mais perguntas, em tom de brincadeira, respondi: “Nem toque nesse carro que ele é de uma professora que não quer que ninguém chegue perto dele”. Foi Então que ele me deixou estupefato com o seu senso de observação perspicaz, que eu não tinha visto em lugar nenhum até então: “Doutor, ela deve ser uma ótima professora, não é mesmo?”. Sem entender, lhe indaguei: “Por quê?”.  A resposta dele foi reveladora para os tempos atuais, onde o desrespeito contra os professores é evidente: “O carro dela não está arranhado! E o senhor está usando a sandália dela”. Entre risadas o elogiei: “Rapaz, você tem uma excelente visão do que se passa ao seu redor. Eu não tinha percebido esse detalhe do carro. Quanto à sandália, em nenhum lugar que andei até hoje usando a mesma, ninguém percebeu que eu estaria usando a sandália feminina que a cantora ANITTA fez propaganda na televisão, com um designe diferente que me chamou a atenção e assim a adquiri para o meu uso”. Disse também para ele que no meu Blog eu postei uma crônica intitulada “SANDÁLIAS DA ANITTA” onde conto detalhes como as adquiri. Mas, voltando para o assunto da procissão “antiga e atual (veicular), Gilberto Gil a descreveu numa bela canção, cujo clipe foi postado por Moacir Silveira. Confira letra e melodia no link abaixo. 

NUMA TERRA DE CEGOS QUEM TEM UM OLHO É REI

Num país como o Brasil, onde a maioria da população é a soma dos analfabetos com semi-analfabetos e analfabetos funcionais (que sabem ler, mas não sabem interpretar corretamente o que lê), os letrados e aqueles com pouco estudo, mas espertalhões, mantêm o poder do domínio econômico, político e psicológico sobre essa classe menos favorecida didática e socialmente que possui uma visão deficitária daquilo que se passa ao seu redor. É como diz um dito popular: “Numa terra de cegos quem tem um olho é rei”. Por isso, é compreensivo que verdadeiros bandidos que afanaram parte do erário da nossa nação (fruto dos impostos que pagamos) e que foram condenados mais de uma vez pela justiça, ainda gozam da simpatia e defesa por parte daqueles que foram os mais prejudicados com isso, ao ficarem com uma herança maldita em termos de ensino deficitário, saúde e segurança a desejar, serviços falhos na construção e conservação de ruas, avenidas e estradas, falta de esgotamento sanitário adequado, além de um alto índice de desemprego, problemas esses que o governo atual terá muito trabalho para reverter nesses três anos de gestão que ainda lhes resta, e assim tentar também acabar com as filas quilométricas formadas nos hospitais para se medicar e vagas de emprego nos estabelecimentos comerciais, onde é preciso armar tendas no local para passar a noite e/ou levar uma cesta com refeições para dois dias. 

Só para citar um pequeno exemplo da incompetência e da falta de atenção do poder público com relação aos problemas que afligem a população, uma galeria de águas pluviais localizada na Avenida Benjamin no bairro do Fragoso em Paulista, Pernambuco, cujo município é comandado por um prefeito do PSB, partido aliado do PT, estava há mais de um ano extravasando água podre para essa via de tráfego intenso, danificando o calçamento do local por completo. Então, eu observei algo que nem os técnicos da Compesa e nem os da Secretaria de Obras dessa prefeitura tinha até então observado. Eu notei que do outro lado dessa avenida outra galeria estava funcionando normalmente. Então foi fácil deduzir que para escoar os rejeitos da galeria entupida, sem correr por cima do asfalto era só conduzi-los para a galeria localizada no outro da via, através de um cano ou duto, por baixo do asfalto, acabando assim com os alagamentos e consequentemente os danos no asfalto.  

Enviei esta minha dedução para a Ouvidoria da Compesa, a qual me respondeu, dizendo que tinha entrado em entendimentos com a Prefeitura de Olinda e do Paulista para juntos aproveitarem esta minha ideia e assim tentar resolver o problema, uma vez que a localização da galeria fica num lugar que é a divisa entre esses dois municípios. Isso foi em MAIO. Pois bem, só agora em novembro a Prefeitura de Olinda levou a efeito esta minha sugestão, prometendo tapar os buracos da via danificada no final do próximo mês, segundo informação de um morador do local que garantiu ter ouvido isso dos funcionários da PMO. Daí eu pergunto, tanto tempo para recompor um pequeno trecho? Será que vão importar o asfalto da china, sendo o mesmo conduzido através de navio? Concordando com o referido dito popular, lembrei-me que o cantor e compositor pernambucano, natural do município de Pesqueira, Paulo Diniz, juntamente com o compositor Odibar, gravou uma música denominada “QUEM TEM UM OLHO É REI”, cujo clipe foi postado no youtube por Dagmar Romana Morais Barbosa, e eu mostro abaixo. Para ver e ouvir dê um clique em cima do link.

NOTA: PARTE DESTA CRÔNICA FOI PUBLICADA NESTA 3ª FEIRA, 19/11/2019, NA COLUNA “VOZ DO LEITOR” DO JORNAL DO COMMERCIO, SOB O TÍTULO: “DESOBSTRUÇÃO DE GALERIA”.