O roubo do século e a
importância da leitura
O roubo do século não foi aquele sofrido pela Petrobras pelos políticos petistas. Dentre todos os roubos
inusitados que a nação já sofreu o sofrido por mim foi o maior do século. Certo
dia, eu tive um susto ao verificar que os meus pacotes com lixo desapareceram
do cesto que fica na calçada lá de casa, antes que o caminhão do lixo o
recolhesse, enquanto que os dos vizinhos estavam todos lá. Fiquei a deduzir se
foram alguns espertalhões tentando encontrar extratos bancários e de cartão de
crédito ou outros documentos que costumo queimar, justamente para não facilitar
a vida dos larápios inteligentes ou, ainda, alguém bisbilhotando o resto do meu
cardápio, prá ver se estou passando fome, por causa do salário irrisório que o
governo de Pernambuco me paga e que há cinco anos não nos concede reajuste
salarial. Se a minha fonte de renda fosse somente essa eu estaria recebendo a
bolsa família do governo federal que concedeu o 13º, enquanto que o do governo
estadual ninguém até agora viu a “cor”.
Mas, falando em lixo,
o serviço de recolhimento contratado pela prefeitura de Olinda tem algo que não
entendo. Durante os dias úteis os garis passam de madrugada com aqueles
caminhões de motores “silenciosos” e para completar os garis conversam aos gritos.
Aos sábados à noite, eles sabem que os chefes de família estão em casa e acordados,
passam bem mais cedo, oferecendo aquilo que ninguém quer e aos gritos: “Olha o lixo!”. Ora, quem vai querer comprar lixo? Se a
intenção for arrecadar gorjeta, eu não dou para quem não sabe cumprir com as
suas tarefas sem incomodar o sossego alheio. Falando em gorjeta, os
funcionários de estabelecimentos comerciais ainda estão com aquele costume
antigo do tempo das “vacas gordas” em colocar caixinhas arrecadadoras
durante o período das festas de fim de ano, solicitando contribuição. Eu só
contribuo com alguém que esteja desempregado, mas não com dinheiro. Não costumo
dar o peixe e sim a vara para pescar. Eu e minha esposa já ajudamos algumas
pessoas que pediram o material (e não o dinheiro) para montar os seus
próprios negócios e hoje vivem independentes de ajudas financeiras. O
famoso Rei do Baião Luiz Gonzaga, diz em uma de suas músicas: “Mas doutor / Uma esmola / A um homem que é são / Ou lhe mata de
vergonha / Ou vicia o cidadão".
Lembrando
do gari, muitas pessoas que eu conheço e têm uma boa posição no seu órgão de
trabalho ou então já estão aposentadas, se fossem participar hoje de algum teste de
seleção ou concurso para um cargo privado ou público não seriam aprovadas nem
para gari. E exemplo, infelizmente, é o do nosso Ministro da Educação, Abraham
Weintraub, que fala e escreve errado. O motivo é simples, essas pessoas não gostam
de ler e nem de escrever. Para
elas todos os livros deveriam estar num latão de lixo. Quando
escrevem, não sabem completar corretamente uma frase e muitas vezes não sabem
interpretar o que lê. Boa parte dessas pessoas que vivem penduradas nas redes
sociais só gosta mesmo de curtir fotos e figuras, pois têm uma preguiça enorme
de ler textos. A televisão mostrou uma fila de desempregados que dava uma volta
ao redor de um estádio de futebol em Brasília para se habilitarem a várias vagas
de funções de nível médio e abaixo dele. Pois bem, ainda sobraram vagas por
falta de capacitação dos candidatos que mal sabem ler, escrever e se expressar
em público. Portanto, continuem detestando leitura. Mas, voltando à música do
Luiz Gonzaga, confira o seu clipe no link abaixo: