Eu não sei o que um racista
tem contra os negros. Talvez seja inveja por não
possuir também uma pele bastante aveludada, brilhosa e muito mais resistente ao
tempo, pois os negros demoram a aparentar velhice. Outra coisa que o
racista esquece é que se ele goza de um bem estar hoje, é porque isso foi
construído à custa de muito suor, sangue e lágrimas do negro escravo
e do índio que trabalharam muito em
prol do progresso do nosso país. Agora, quando um imbecil racista desse vai
comprar um carro, uma roupa ou outro objeto qualquer, escolhe também o de cor
preta. Tem cabimento este contraste de atitude na preferência de cor? O idiota
preconceituoso também não fica atrás. É não ter mesmo o que fazer ao se
importar com a sexualidade, pensamento político e outras preferências das
pessoas. Isso contrasta também com a “cegueira” dele para o fato que na família
dele também pode ter alguém que possui aquilo que ele tanto recrimina em
outrem.
Eu tive um envolvimento
inesquecível com uma negra que era descendente de índios, e eu, praticamente,
tomei-a de um colega de trabalho. Ele era o namorado dela, mas bebia uma
cachaça empurrada. Quando ela passava com ele de mãos dadas pelos corredores da nossa associação, onde hoje ainda trabalho, eu ficava babando
pelos cantos da boca, pois a danada chamava a atenção de qualquer homem e até
das mulheres associadas que ficavam “filmando-a” de cima abaixo. Certo dia, flagrei os
dois tendo o seguinte diálogo, quando ela sentenciou a sua decisão: “Ary, agora estou determinada: Ou você fica comigo ou com a cachaça!
Escolha AGORA!”. Ao passo que ele deu uma resposta que ficou nos
anais dos pinguços: “Mulher
existe aos milhares, mas a PITÚ só existe
uma. Eu continuo então com a água branquinha que passarinho não bebe”.
Ouvindo aquilo eu não
deixei esfriar o momento. Esperei-a na saída do nosso local de trabalho e lhe
propus: “Fulana,
faz tempo que estou de olho em você. Sou divorciado, moro sozinho numa casa de
três quartos, toda mobiliada e estou louco para colocar dentro dela a minha
herdeira. É pegar ou largar, o que você me responde?”. Ela
disse em cima da bucha: “EU TOPO!”. Foi fácil trazê-la para mim naquela hora da
fraqueza e de raiva. E passamos a morar por algum tempo juntos, até o dia em
que ela teve que viajar de volta à Amazonas por motivos de saúde dos seus pais
que moravam em tabas, locais de moradias dos indígenas daquela época. A música
que faz eu me lembrar dela é “ÍNDIA” que fica mais bem interpretada pela dupla Paula Fernandes &
Leonardo. Confira no clipe abaixo, dando um clique em cima do link.
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