quarta-feira, 13 de novembro de 2019

    PRECONCEITO E RACISMO CONTRASTANTES 
Eu não sei o que um racista tem contra os negros. Talvez seja inveja por não possuir também uma pele bastante aveludada, brilhosa e muito mais resistente ao tempo, pois os negros demoram a aparentar velhice. Outra coisa que o racista esquece é que se ele goza de um bem estar hoje, é porque isso foi construído à custa de muito suor, sangue e lágrimas do negro escravo e do índio que trabalharam muito em prol do progresso do nosso país. Agora, quando um imbecil racista desse vai comprar um carro, uma roupa ou outro objeto qualquer, escolhe também o de cor preta. Tem cabimento este contraste de atitude na preferência de cor? O idiota preconceituoso também não fica atrás. É não ter mesmo o que fazer ao se importar com a sexualidade, pensamento político e outras preferências das pessoas. Isso contrasta também com a “cegueira” dele para o fato que na família dele também pode ter alguém que possui aquilo que ele tanto recrimina em outrem.
Eu tive um envolvimento inesquecível com uma negra que era descendente de índios, e eu, praticamente, tomei-a de um colega de trabalho. Ele era o namorado dela, mas bebia uma cachaça empurrada. Quando ela passava com ele de mãos dadas pelos corredores da nossa associação, onde hoje ainda trabalho, eu ficava babando pelos cantos da boca, pois a danada chamava a atenção de qualquer homem e até das mulheres associadas que ficavam “filmando-a” de cima abaixo. Certo dia, flagrei os dois tendo o seguinte diálogo, quando ela sentenciou a sua decisão: “Ary, agora estou determinada: Ou você fica comigo ou com a cachaça! Escolha AGORA!”. Ao passo que ele deu uma resposta que ficou nos anais dos pinguços: “Mulher existe aos milhares, mas a PITÚ só existe uma. Eu continuo então com a água branquinha que passarinho não bebe”. 
Ouvindo aquilo eu não deixei esfriar o momento. Esperei-a na saída do nosso local de trabalho e lhe propus: “Fulana, faz tempo que estou de olho em você. Sou divorciado, moro sozinho numa casa de três quartos, toda mobiliada e estou louco para colocar dentro dela a minha herdeira. É pegar ou largar, o que você me responde?”. Ela disse em cima da bucha: “EU TOPO!”. Foi fácil trazê-la para mim naquela hora da fraqueza e de raiva. E passamos a morar por algum tempo juntos, até o dia em que ela teve que viajar de volta à Amazonas por motivos de saúde dos seus pais que moravam em tabas, locais de moradias dos indígenas daquela época. A música que faz eu me lembrar dela é “ÍNDIA” que fica mais bem interpretada pela dupla Paula Fernandes & Leonardo. Confira no clipe abaixo, dando um clique em cima do link.

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