PAÍSES
BAIXOS x fome em Tamandaré – Pernambuco – Brasil.
Na
informação estatística do meu blog (www.claudiomeloolinda.blogspot.com), referente à quantidade de
visualizações do dia 19/08/2019, consta que além dos acessos a ele provenientes
do Brasil, Estados Unidos e Alemanha quatro pessoas dos Países Baixos também o
acessaram. Confesso que eu não sabia o que era Países Baixos. Consultando o
Google, verifiquei através da Wikipédia – A enciclopédia livre, que os mesmos,
também conhecidos como Holanda são uma nação
constituinte do Reino dos Países Baixos localizada na Europa
ocidental. O país é uma monarquia constitucional parlamentar democrática banhada
pelo mar do Norte a norte e a oeste, que faz fronteira com
a Bélgica a sul e com a Alemanha a leste. A capital é Amesterdã e a sede do
governo é Haia. Uma significativa parte de seu território foi obtida
através da recuperação e preservação de terras através de um elaborado sistema
de pôlderes e diques.
Crônicas do Cláudio Melo –
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de página por país dia – 19/08/2019
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Os Países Baixos são um país densamente povoado que é conhecido
por seus moinhos de vento, tulipas, tamancos, cerâmica de
Delft, queijo gouda, artistas visuais, bicicletas e, além
disso, pelos valores tradicionais e virtudes civis, tais como a
sua tolerância social. É um dos países com melhor qualidade de vida do
mundo, fator pelo qual possui um dos melhores Índices de Desenvolvimento
Humano da Europa e do mundo, segmentado em sua forte política de
assistência social e direitos considerados essenciais, como educação, saúde e
segurança de qualidade, garantidos em nível máximo a seus habitantes. Na principal região produtora do país, não há um campo
de batatas, estufa ou criação de porcos de onde não se veja um arranha-céu,
fábrica ou subúrbio. Mais da
metade da área do país é usado para agricultura.
Comparando essa pujança com as notícias que li
no Jornal do commercio falando que há fome entre os moradores da área rural do
município de Tamandaré, fiquei sem entender como se passa fome tendo ao redor
de casa muito terreno para plantar leguminosa, fruteiras, trigo, cana, etc.,
ainda mais num lugar onde chove com regularidade durante todo o ano? Almoçando
com um agricultor da Região do Agreste Pernambucano, ele me confidenciou que
conhece muitos moradores da sua região que se beneficiam com um determinado
empréstimo bancário no valor de cinco mil reais, só restituem três mil em
vários meses, e ao invés de comprar insumos para o plantio, gastam com farras,
aquisição de celular e/ou motocicleta. Se essa informação for verdadeira, então
não está havendo uma fiscalização por parte do governo e do banco no emprego
dessa verba. E por que não fornecer esses insumos ao invés do dinheiro?
No caso de Tamandaré, será que esses moradores
da área canavieira não estão tendo o apoio necessário das autoridades
competentes para poder plantar o alimento da sua subsistência? Essa omissão é
uma vergonha. Existe um sábio ditado popular que diz: “Devemos dar a vara para
pescar e nunca o peixe”. A terra é fértil e não pode haver jamais percalços em
fecundá-la, coisa que eu já fiz muito, e às vezes ainda faço, mas sempre por
lazer e o prazer de ver em minhas mãos os frutos do meu trabalho. Aonde chego,
onde exista terra ao redor, procuro logo uma enxada para plantar e roçar o mato.
Os calos em minhas mãos não foram causados pelo uso da caneta. O chão da frente
da minha casa é calçado com lajotas. Retirei uma delas para plantar batata doce
e jerimum em seu lugar, num espaço medindo apenas 50x50cm de terra. Constate
nas fotos postadas a fartura das batatas doces que colhi e o tamanho do pé de
abóbora que chegou a ramificar em direção à rua. Também plantei em frente da
minha calçada, alguns pés de atemoia e pitanga de cujos frutos faço suco e
sorvete. Falando nessa fertilidade da terra dos Países Baixos e da área litorânea
de Pernambuco, incluindo ai Tamandaré, relembro aqui a música “CIO DA TERRA”,
composição de Milton Nascimento e Chico Buarque. Clique no link abaixo para
ouvi-la.
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