CRÔNICAS DO CLÁUDIO MELO

DIA DOS PAIS E O SENTIMENTO SUBLIME DAS CRIANÇAS

No segundo domingo de agosto, comemoramos o DIA DOS PAIS. Muitos deles são esquecidos nos abrigos, outros até mesmo em suas casas. Há filhos que não lembram mais quem lhes deu a vida e os criou. Outros lembram, mas apenas atendendo ao apelo comercial da data e os presenteiam. Porém, o melhor presente para um pai é a presença física dos seus filhos e aquele abraço gostoso. Aqueles pais mais idosos, nesse dia também gostam de estar em meio à gritaria e a alegria contagiante dos netos ou dos filhos menores de idade, quem os tem. Isso porque muitas atitudes das crianças estão imbuídas de uma bagagem de sentimentos sublimes, cuja qualidade ultrapassa o comum e expressa um elevado grau de excelência de pureza da alma que faz todos ao redor enxergarem o mundo com outros olhos. A partir daí até uma formiga carregando uma folha, um sapo que coaxa na lua cheia, a brincadeira de se esconder e um fruto que é colhido no pé, torna-se grandes atrativos antes não notados. 

Eu e a esposa ficamos abismados com uma atitude inesperada da nossa netinha de quatro anos de idade, no domingo passado. Ela e o seu irmão de seis anos foram passar o final de semana lá em casa. No domingo, pela manhã, levei-os para tirar pitanga do pé desse fruto que fica na rua em frente lá de casa. Ela não gostou do sabor amargoso dessa fruta. Então, guardamos o vasilhame com os frutos. Na hora em que os pais deles vieram buscá-los, ela, de forma incompreensível para nós, pediu a avó: “Vovó, posso levar para casa as pitangas que eu colhi com o vovô?”. Fiquei a deduzir que ela só queria guardar uma lembrança física daquele momento que para ela fugiu aos padrões daquilo que ela vivencia em casa. Ou, então, é como se aqueles frutos fossem para ela um Troféu do seu grande feito em meio ao que a natureza nos proporciona. Eu queria ter também a alegria eufórica dela quando nos vê, após alguns dias sem a nossa presença, quando aos pulos vem nos abraçar. Ah! Se o mundo tivesse esse mesmo olhar e percepção de uma criança!

Quanto aos filhos de qualquer idade o que lhes invejo é a magia de nunca perder o brilho diante dos percalços da vida, os quais são enfrentados com naturalidade e sem esmorecimento, amanhecendo todos os dias com uma nova esperança daquilo que querem alcançar. Quanto à fortaleza da inocência e leveza do “mundo infantil” que falei antes, ele é rogado ao nosso Deus, através da música “ALMA NUA” do compositor e cantor mineiro Vander Lee.  Algumas estrofes dizem assim: “Ó, pai... / Dá-me leveza nas mãos... / Dá-me o silêncio da noite / Pra ouvir o sapo namorar a lua.../ Ver o mundo de dentro pra fora / E a beleza que aflora de baixo pra cima... / De me apaixonar todo dia / E ser mais jovem que meu filho / De ir aprendendo com ele / A magia de nunca perder o brilho... / Viver menino / Morrer poeta”. Veja o clipe musical a seguir que foi formatado no youtube por Erigilson Gonçalves.  Clique no link abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=mIdH-NuQWhg

UM EXCELENTE DIA DOS PAIS PARA TODOS ESSES HERÓIS!