quarta-feira, 21 de agosto de 2019





 Gay de carteirinha


Eu não entendo como muitas pessoas pobres são tão displicentes ao ponto de acabar contribuindo para ficar paupérrimas. Umas fincam as suas casas na beira das barreiras ou nas margens de um rio se sujeitando às tragédias anunciadas, outras, moradoras de favelas tem um filho a cada ano. É comum avistarmos na frente de cada casa uma adolescente com um filho nos braços, como se aquele ser pequenino fosse um boneco que ela não pôde adquirir nas lojas. Nos postos de saúde há a distribuição gratuita de pílulas anticonceptivas e de preservativos. Desde que eu iniciei a minha vida sexual, após os vinte anos de idade, eu sempre usei a camisinha em minhas relações sexuais, para evitar ter um time de futebol de filhos, como também sempre usei como auxiliar nesse ato o gel íntimo lubrificante para não prejudicar as paredes da vagina das minhas companheiras, pois aquele troço é de borracha e resseca facilmente durante a relação, causando irritação e possíveis inflamações durante a sua fricção.
Porém, nos anos setenta, 50mg desse gel custava à bagatela de dezessete reais. Considerando que nesse tempo o salário mínimo valia um quinto do atual, se esse preço tivesse acompanhado a inflação de lá para cá, esse produto poderiam estar custando hoje uns cento e setenta reais. Eu pegava mensalmente, totalmente grátis, 21 preservativos no posto de saúde, cuja entrega era controlada pela anotação em uma carteirinha que cada homem possuía. Certa vez, notei que um rapaz pegou o seu pacote com os preservativos, acompanhado de outro pacote com esse tal gel lubrificante em saches. Quando ele saiu, eu disse para o atendente: “Eu quero também esses saches de gel”. Ele respondeu: “Esse produto ai só é fornecido para os gays!”. Então, revoltado por esse preconceito contra o heterossexual, pensei rápido e respondi: “Mas eu também sou gay!”. Tive que atropelar o meu ego de “machão”, logo eu que nunca fiz a barba e nem cortei cabelo com barbeiro, para não sentir mão de homem alisando o meu rosto e a minha cabeça.
O atendente do posto então pediu para eu aguardar a psicóloga da prefeitura para uma entrevista. Para ela eu confirmei o que tinha dito ao atendente e a mesma colocou um carimbo com a sua rubrica na minha carteirinha, autorizando a entrega mensal de sete saches de gel. Dessa forma passei vários anos livrando as minhas parceiras de uma complicação de saúde de cunho urológico. Inclusive, na semana passada eu dei um tubo de 90mg desse gel de presente de casamento para uma colega de trabalho, uma vez que ela já está na menopausa, quando não existe mais lubrificação vaginal. Ela disse que foi um dos melhores presentes que já ganhou e vai ficar comprando esse produto para usar com o marido, pois agora o preço está bastante acessível para as camadas sociais mais pobres.  
Falando sobre os gays, eu tenho observado que eles se destacam no setor de trabalho que lida com o público. São mais gentis e dedicados do que as mulheres. No sábado (17/08/2019) levei os meus netos para brincar num parque de diversões de um Shopping Center. Um dos funcionários com trejeitos de homossexual dava bem mais atenção aos pequeninos e tinha mais tato com eles do que as funcionárias. Ao exemplo das empresas que contratam um percentual de deficientes físicos para os seus quadros de funcionários, aquelas que lidam diretamente com o público deveriam também contratar gays. Agora, não confundir com aquele que usa da sua condição de homossexual para desrespeitar as pessoas ao redor ou fazer dessa condição um mascaramento para esconder a sua incompetência profissional. O cantor Ney Matogrosso, ao contrário, competentíssimo interprete da música nacional e internacional de QUALIDADE, não precisa chamar a atenção do público forçando uma androginia que já lhe é natural. Uma exceção foi ele ter gravado uma debochada versão de “Tell me once again” da Banda Light Reflections, intitulada “CALÚNIAS” (Telma eu não sou gay) cujo clipe foi postado no youtube por Telma Leite e eu capturei para mostrar abaixo. Clique no link.

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