Bolsonaro X INPE
De hoje a um mês estaremos comemorando o Dia da Amazônia (05/09). A Região Amazônica é tema incontornável nos debates internacionais contemporâneos sobre recursos naturais, desenvolvimento sustentável, mudança do clima e biodiversidade. O Projeto de Monitoramento da Cobertura Florestal na Região Amazônica é executado desde meados de 2011 em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O objetivo do Projeto é contribuir para o desenvolvimento regional da capacidade de monitoramento do desmatamento da Floresta Amazônica, por meio de instalação de salas de observação nos países-membros e de capacitação e intercâmbio de experiências em sistemas de monitoramento. O projeto permitiu a elaboração pioneira de mapas regionais de desmatamento da Amazônia, através da compilação dos dados nacionalmente coletados.
Constitui princípio fundador da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), o bloco socioambiental formado pelos países que partilham o território Amazônico: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. Por sua importância estratégica, a Amazônia apresenta aos países que fazem parte deste ecossistema grandes desafios e ainda maiores oportunidades. Para manter a selva de pé, o país depende em grande parte de dinheiro estrangeiro. De acordo com um levantamento feito por órgãos da imprensa, “Alemanha, Estados Unidos, Japão e Holanda investem juntos por ano algo em torno de R$ 108 milhões na preservação da floresta brasileira.
O dinheiro vem do exterior, mas o controle cabe ao governo brasileiro. A soberania da Amazônia estará ameaçada se houver a percepção internacional de que o Brasil está destruindo intencionalmente a floresta. Portanto, acho estranho esse contraste de informações entre o governo do Brasil e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) sobre o percentual de desmatamento da Amazônia em 2019. Os países que enviam tanto dinheiro para o programa, com os seus recursos tecnológicos não conseguem conferir qual o percentual correto? E essas salas de observação nos países-membros também não acompanham o controle do desmatamento?
Isso lembra aquele filho que recebe uma mesada para os seus estudos e gasta com farras, e o abobalhado do pai não procura averiguar. Programa sobre o clima do planeta na TV-Cultura veiculado no domingo (04/08) disse que os países só têm até o final de 2020 para reverter às devastações das florestas e os altos índices de poluição que estão causando o efeito estufa, caso contrário, a matança não será mais a das arvores. Em 1981, um dos atores da saudosa novela “Velho Chico” da Rede Globo e poeta baiano, Xangai, já alertava ao mundo contra os danos que causam o desmatamento, através de uma das suas músicas intituladas “MATANÇA”, que numa de suas estrofes, diz: “Que quando chegar a hora / É certo que não demora / Não chame Nossa Senhora / Só quem pode nos salvar” (só se for a alma, se merecer ir para o céu).Relembrem a letra e o vídeo, clicando no link abaixo:
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