LEMBRANÇAS DE UM PASSADO DISTANTE
Hoje (19/08) é o Dia Mundial da
Fotografia. Ontem, 18 de agosto, o Museu da Cidade do Recife lançou o projeto
“Leve História para Casa”, disponibilizando o seu acervo de fotos históricas em
branco e preto, retratando costumes e patrimônios antigos da capital pernambucana.
Nelas estão registrados costumes e paisagens, desde o início do século 20 até o
ano de 1960. Os idosos que foram recordar aqueles bons tempos em que ainda se
podia andar despreocupadamente pela cidade, além dos jovens curiosos por saber
como era a vida dos seus pais e avós, puderam comprar algumas reproduções
dessas fotografias a preços módicos.
Tinha fotos da Avenida Boa
Viagem, quando só havia casas e nenhum edifício. No entanto podíamos observar que
naquele tempo já existia congestionamento veicular, pois só havia uma faixa de
rolamento de cada lado (mão e contra mão). Outra curiosidade estava exposta nas
fotografias concernentes aos vestuários, masculinos e femininos da época, muito
diferentes dos atuais. Com relação aos coletivos, além dos nostálgicos bondes,
avistamos fotos de ônibus que eram movidos à energia elétrica, os famosos
ônibus elétricos, os quais eram antipoluentes e silenciosos (seria uma boa
opção para o nosso tempo barulhento e cheio de poluição).
Na minha casa eu possuo uma
dessas fotos em branco e preto, mostrando a Pracinha do Diário, onde se pegava
essa condução para o Derby e Casa Amarela. Emoldurei-a e afixei-a na parede
para lembrar-me do dia em que também andei de bonde, no colo do meu pai, indo
da Avenida Cruz Cabugá até Olinda Carmo, onde esse meio de transporte fazia o
seu retorno. No Rio de Janeiro aqui no Brasil e em Lisboa, Portugal, os bondes
ainda são utilizados como atração turística. Em nossa capital existe um bairro
chamado “Recife Antigo” de onde a prefeitura extinguiu esse tipo de transporte
coletivo, como também retirou os seus trilhos, atitude contrastante com a
denominação do lugar. Sempre é bom recordarmos o passado, uma vez que ele faz
parte da nossa história e dos nossos familiares mais idosos. Falando em retrato
em branco e preto, existe uma música com esse título, composta por Chico
Buarque. Confira na interpretação do MPB4 que esteve se apresentando no Recife
no sábado passado, dia 17/08. Veja a letra desta canção, dando um clique na
figura abaixo.
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