segunda-feira, 24 de agosto de 2020

FRIO TENEBROSO X SOL PRAZEROSO












De todos os comportamentos estranhos do ser humano, tem um que eu não entendo e que me deixa pasmo: adorar o FRIO, ainda mais quando se faz turismo por ele. Pessoas que correm para ver e sentir a neve caindo no corpo e o FRIO lhes doendo nos ossos, lotando os hotéis e lojas de agasalhos caríssimos, me lembra aquelas mulheres que se envolvem com malandros, já sabendo que irão sofrer as consequências depois. O FRIO para mim é algo TENEBROSO, não vejo diversão nenhuma nele e nem na neve, a não ser o recolhimento em si e nos lugares onde ele atua. Sim, porque o ser humano também sente satisfação no recolhimento, mesmo que dentro de uma roupa grossa, onde tenta se livrar daquilo que procurou, resultando na valorização de uma solidão momentânea ou duradoura em grupo ou a sós, dentro dos quartos dos estabelecimentos comerciais ou residenciais para fugir do FRIO, após a contemplação daquilo que não pode usar por muito tempo.   
         
Certa vez, fui com uma delegação de servidores públicos de Pernambuco para participar de um congresso em Cuiabá-MT para onde levei um trabalho autoral em defesa da classe, representando a Associação Pernambucana de Servidores do Estado - APSE. Em uma das horas vagas, alguns colegas ficaram no hotel, como eu, e outros foram para a cidade de Ponta Porã, município de Mato Grosso do Sul e que faz divisa com a cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, onde disseram que lá vendia produtos baratos. Pois bem, acostumados com o clima tropical do nosso Estado, ao descerem os degras do ônibus, eles voltaram correndo para dentro do coletivo com medo do extremo FRIO que fazia lá fora e não conseguiram comprar nada, sendo motivo de chacota por quem ficou. 
Outra vez, aqui mesmo em Pernambuco, na cidade de Bonito, fui passar um final de semana com a família no Hotel Alto da Serra que fez parceria com a APSE para descontos nos preços de suas diárias, o qual fica próximo da cachoeira “Véu da Noiva”, num dos pontos mais altos desse município. Pela manhã, bem cedo, vi uma nuvem adentrando no bangalô onde estávamos, e a tarde, mesmo com sol a pino, não conseguimos usar a piscina de tão FRIA que estava a sua água, mesmo tomando umas doses de aguardente de “cabeça”, tirada na hora de um barril de carvalho. Quanto à cachoeira, ninguém se atreveu a enfrentar as suas águas GELADAS.
Prazer e lazer de verdade eu sinto mesmo é no calor, debaixo de um CÉU AZUL e sem nuvens, aquecido pelo SOL que nos proporciona uma enorme satisfação ao mergulharmos numa piscina ou num rio de águas límpidas e mornas, como aquele que encontramos em Caldas Novas – Goiás conhecido por possuir água quente, aonde os peixinhos coloridos vêm morder de leve as suas pernas ou ainda nas praias paradisíacas e águas mornas dos mares do nordeste brasileiro. É como diz uma canção composta e interpretada por Carlos Moura: “Mergulhar / num azul piscina / No mar que bate o sol / Deixar o sol bater no meu rosto / Ah! Que gosto me dá”. Carlos Moura é natural de Palmeira dos índios – Alagoas. Iniciou a carreira na década de 1970 em Maceió, quando integrou o conjunto “Os Bárbaros”, seguindo depois a carreira solo. Confira esta linda canção dando um clique no link abaixo:

Um comentário:

  1. Que pena, Sr. Cláudio, que o Sr não tenha vindo numa época mais quente. Mas os turistas realmente anam o frio e o hotel é bastante procurado inclusive no inverno, por conta das baixas temperaturas, vinhos, fondues e tantos outros pratos deliciosos... Quem sabe, bem agasalhado, o Sr não mude de idéia?

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