terça-feira, 1 de setembro de 2020

O OLHAR DO CAVALO E O HÁBITO DAS PESSOAS CONVERSAREM GRITANDO
Era tarde da noite. Vi um desses CAVALOS abandonados que a Prefeitura de Olinda não toma providências para recolhê-los, deitado em frente da minha casa. Achei que ele estava com sede e fome, então lhe ofereci água e algumas cascas de frutas, enquanto lhe falava com a voz suave. Ele deixou que eu o acariciasse e me encarou com um olhar que parecia refletir a dor do mundo e depois foi embora, talvez incomodado com três tagarelas que discutiam futebol perto dele com uma tonalidade de voz que pareciam estar longe um dos outros, como acontece hoje em dia em lugares públicos, o que faz lembrar também um vizinho lá de casa que ao receber visitas, os GRITOS das conversas entre eles são ouvidos a dois quilômetros de distância. Quanto ao CAVALO, Infelizmente não pude o adotar, como tentei fazer recentemente, através de um número de telefone deixado num programa de televisão por um setor responsável para isso da Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. Eu e a esposa queríamos adotar um desses animais para levarmos para criar num sítio de parentes no interior do Estado, mas infelizmente as emissoras de televisão não conferem aquilo que propagam e simplesmente ninguém atende a alguns telefones anunciados.
Mas falando da tagarelice em alto tom, procurando certa vez um lugar tranquilo para almoçar com a minha família, encontrei um restaurante com ar condicionado, cardápio primoroso, estacionamento seguro com vigilância e música ao vivo com um famoso pianista que executava inutilmente clássicos nacionais e internacionais para ninguém ouvir, pois parecia que estávamos naquelas casas de shows onde o barulho dos GRITOS dos tagarelas se sobressai ao som da voz dos cantores e dos acordes musicais que lhes acompanham. Lembra também aquela pessoa que quando fala ao celular o amigo do outro lado da linha não precisa desse aparelho para escutar. Como eu estava com uma criança dormindo nos braços, pedi para uma educada recepcionista uma mesa para cinco pessoas num lugar menos barulhento. Ela nos levou para outro ambiente do restaurante, porém foi inútil, pois as vozes das pessoas sem educação doméstica adentravam pelo recinto onde estávamos. Agradeci a gentileza da gerente e fomos procurar outro restaurante. Já vi que existem poucos ambientes para encontrarmos pessoas educadas que não falem GRITANDO. Esse péssimo hábito do nordestino parece que atinge a todos os níveis sociais. Finalizando, uma vez que tratei aqui desse animal vigoroso que é o cavalo, nada melhor do que finalizar exibindo um clipe de uma canção denominada “CAVALO BRAVO” do compositor e cantor RENATO TEIXEIRA. Dê um clique no link abaixo para ouvir.

2 comentários:

  1. Que música linda.. parabéns Cláudio otima escolha..

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  2. Infelizmente isso hoje em dia virou algo comum, a má educação tornou-se algo banal.

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