O OLHAR DO CAVALO E O HÁBITO DAS PESSOAS
CONVERSAREM GRITANDO
Era tarde da noite. Vi um desses CAVALOS abandonados que a Prefeitura de Olinda não toma
providências para recolhê-los, deitado em frente da minha casa. Achei que ele
estava com sede e fome, então lhe ofereci água e algumas cascas de frutas,
enquanto lhe falava com a voz suave. Ele deixou que eu o acariciasse e me
encarou com um olhar que parecia refletir a dor do mundo e depois foi embora,
talvez incomodado com três tagarelas que discutiam
futebol perto dele com uma tonalidade de voz que pareciam estar longe um dos
outros, como acontece hoje em dia em lugares públicos, o que faz lembrar também
um vizinho lá de casa que ao receber visitas, os GRITOS das conversas entre eles são ouvidos a dois
quilômetros de distância. Quanto ao CAVALO, Infelizmente não pude o adotar, como tentei
fazer recentemente, através de um número de telefone deixado num programa de
televisão por um setor responsável para isso da Prefeitura de Jaboatão dos
Guararapes. Eu e a esposa queríamos adotar um desses animais para levarmos para
criar num sítio de parentes no interior do Estado, mas infelizmente as
emissoras de televisão não conferem aquilo que propagam e simplesmente ninguém
atende a alguns telefones anunciados.
Mas falando da tagarelice em alto
tom, procurando certa vez um lugar tranquilo para almoçar com a minha família,
encontrei um restaurante com ar condicionado, cardápio primoroso,
estacionamento seguro com vigilância e música ao vivo com um famoso pianista
que executava inutilmente clássicos nacionais e internacionais para ninguém
ouvir, pois parecia que estávamos naquelas casas de shows onde o barulho dos GRITOS dos tagarelas se
sobressai ao som da voz dos cantores e dos acordes musicais que lhes
acompanham. Lembra também aquela pessoa que quando fala ao celular o amigo do
outro lado da linha não precisa desse aparelho para escutar. Como eu estava com
uma criança dormindo nos braços, pedi para uma educada recepcionista uma mesa
para cinco pessoas num lugar menos barulhento. Ela nos levou para outro
ambiente do restaurante, porém foi inútil, pois as vozes das pessoas sem
educação doméstica adentravam pelo recinto onde estávamos. Agradeci a gentileza
da gerente e fomos procurar outro restaurante. Já vi que existem poucos ambientes
para encontrarmos pessoas educadas que não falem GRITANDO. Esse péssimo hábito do nordestino parece que
atinge a todos os níveis sociais. Finalizando, uma vez que tratei aqui desse
animal vigoroso que é o cavalo, nada melhor do que finalizar exibindo um clipe
de uma canção denominada “CAVALO BRAVO” do
compositor e cantor RENATO TEIXEIRA. Dê um clique no link abaixo para ouvir.
Que música linda.. parabéns Cláudio otima escolha..
ResponderExcluirInfelizmente isso hoje em dia virou algo comum, a má educação tornou-se algo banal.
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