SOBRE A PACIÊNCIA E A NOVENA
Um guia profissional recomendou a um grupo de
turista durante um passeio o exercício da paciência,
para que usássemos os imprevistos a nosso favor e procurássemos sempre executar
hábitos saudáveis. De pronto o exercitamos, quando num passeio de catamarã, debaixo
de uma chuva torrencial, usamos esse imprevisto para constatar que numa parada
para mergulho na água do mar ela ainda estava morna e boa para o banho, como
também sentir que a ausência do sol favorece ao fato de não sentirmos ardência
na pele quando muito exposta aos raios solares.
Ainda descobri naquele dia que podemos controlar frio ou calor com o poder da
mente. E depois o corpo se acostuma com a mudança de temperatura. Quanto aos
atrasos que comumente acontecem com alguns membros do grupo, isso pode
significar apenas mais tempo de passeio, e os defeitos dos aparelhos de rádio
ou TV que geralmente acontecem nesses ônibus de turismo, servem apenas de mais
tempo para a conversa e/ou uma boa leitura de um livro, jornal ou revista.
Quanto a outros hábitos saudáveis, esse guia recomendou que nos finais de
semana e feriados é bom acordar cedinho para ouvir os pássaros cantar, fazer
serviços de limpeza na rua ao redor da nossa casa, varrer a calçada, regar as
plantas, plantar e fazer caminhadas.
Falando nesses últimos atos saudáveis,
lembro que no meu tempo de criança e adolescente, além de realizá-los no sitio
do meu tio em Surubim, às 18h00min horas eu me dispunha a ser o puxador de rezas
das novenas
realizadas na casa dele, diante de um pequeno altar (oratório), função que os
matutos chamavam de “tirar rezas”. Para quem não sabe, a novena originou-se do fato de os
apóstolos de Jesus Cristo
terem-se reunido para rezar durante os nove dias entre a ascensão desse filho
de Deus aos céus e a descida do Espírito Santo. Durante a novena, dedica-se uma hora do dia às
orações, por nove dias seguidos. Portanto, durante esse tempo todos da vizinha
do lugarejo chamado CAI-AI em Surubim sempre estava presentes a esse ato de fé
cristã, diante de um altar rústico de madeira, rezando com um terço nas mãos.
Talvez por isso, sinto uma admiração mística quando avisto um exemplar dele e
uma saudade imensa daquele tempo de pureza original das pessoas que não faziam
da fé negócios comerciais e nem se desvirtuavam dos verdadeiros ensinamentos de
Cristo em meio à religiosidade.
Os terços que mais me chamam à
atenção são aqueles em forma de pedrinhas coloridas. Uma amiga do trabalho
certa vez me deu de presente um que ela trouxe de outro Estado talhado em
madeira perfumada. Voltando à novena, no
nono dia, após a oração do terço, os participantes acompanhavam uma procissão
com um andor da estátua de um santo, todos segurando uma espécie de funil de
papel e no centro uma vela acesa e fazendo cânticos religiosos. Falando em
procissão, o compositor e cantor Gilberto Gil, gravou uma linda canção de sua
autoria que você pode conferir abaixo dando um clique no link. Neste clipe o
seu criador juntou esse costume secular com a realidade das pessoas que
atualmente são desprovidas de tudo o que torna o ser humano digno de ser filho
de Deus. Confira abaixo. OBS: Este blogueiro está saindo de mini férias e só volta a publicar crônicas depois do feriado de 7 de setembro.
Que crônica linda! Principalmente por retratar sua infância no meu município. Amo Surubim, capital da vaquejada.
ResponderExcluirAdorei sua Crônica 👏👏👏das procissões , uma verdade interessante justamente do jeitinho que você descreveu 🙏o São José as novenas e procissões . Maravilhoso sua crônicas 👍👏
ResponderExcluirBela crônica, obrigada pelo prazer da leitura.
ResponderExcluirValeu e s música linda
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