A
luta contra a fome é, em primeiro lugar, luta contra a fome pela justiça
social. As elites que estão no governo, mantêm e consolidam o próprio poder. Quando
um país vive numa situação de miséria, podemos dizer que, praticamente, todas
essas causas estão agindo ao mesmo tempo e estão na origem da fome de seus
habitantes. Algumas delas dependem da situação do país, como o regime de monocultura
e as desigualdades sociais. Elas serão eliminadas, quando e se o mesmo país
conseguir um verdadeiro desenvolvimento. E desenvolvimento se faz
com uma educação de qualidade e sobre isso o governo deveria dar mais atenção,
começando pelo seu nível fundamental. Algum progresso se obteve de uns anos
para cá, quando Estados e municípios através de suas prefeituras passaram a
remunerar melhor as professoras e a cuidar melhor dos alunos, ajudados pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb, gerido pelo governo federal, como também
passaram a fornecer aos seus alunos materiais escolar, fardamento e lanche. Faz-se
mister, porém, que haja uma rígida fiscalização por parte das entidades
superiores para que Estados e Municípios cumpram com o seu dever com as
diretrizes e bases desse fundo. As professoras estão reclamando que as
secretarias de educação de muitos Estados e municípios não estão repassando
integralmente o percentual anual de reajuste salarial anunciado pelo Ministério
da Educação e prometem uma greve nacional
para o dia 18 de março de 2020.
Mas existe hoje outro tipo de “fome”, o da
cultura do nosso povo. Principalmente no quesito musical. Como se fosse uma
praga, as músicas pobres em letras e melodias estão caindo no gosto popular de
todas as camadas sociais e culturais. Em universidades, bares e clubes até de
elite, só se ouve lixo musical. A boa Música Popular Brasileira – MPB está em
falta nos aparelhos de som desses lugares e nas casas e automóveis das pessoas.
Um tipo de música chamado brega-funk está desconstruindo a cultura musical do
nosso povo. Alguns programas musicais de televisão e as trilhas sonoras de
algumas novelas ainda resistem fortemente para alimentar os ouvidos e
sentimentos dos seus telespectadores com um produto de melhor qualidade.
A música com boa letra e melodia tem que ser aquela
que nos eleva o espírito; deve ser sempre e para sempre a única; que brilha
em nós como o sol da manhã; que nos leve para além da imaginação; que
seja a nossa consolação; nossa sinfonia; nosso próprio tema de amor.
O cantor Ney Matogrosso gravou no passado uma
música que fala sobre a fome denominada “TEM GENTE COM
FOME” do poema de Solano Trindade, musicado por João Ricardo (ex-Secos
& Molhados) e que foi regravada por ele mesmo no seu mais recente CD e DVD do seu show ao vivo “Bloco na Rua”, o qual aportará por aqui em Pernambuco, pena que
no lugar onde ele havia prometido nunca se apresentar (casa de show), pois
alegou que muitas pessoas ficam bebendo, fumando e conversando e não prestam
atenção em alguns detalhes de sua performance. Outra falha é que na regravação
a música perdeu muito do seu ímpeto melódico. Confira abaixo a interpretação
dele para a versão original.
NOTA: Na próxima sexta feira, dia 06/03, será feriado
em Pernambuco (Carta Magna). Portanto, só voltarei a publicar crônica na 2ª
feira, dia 09/03 com a matéria “DEMOCRACIA? COM QUE CONCEITOS MORAIS?”.
Infelizmente a inversão de valores nos posiciona em LUGARES jamais imagináveis. HOMENS tem dominado HOMENS para seu próprio prejuízo....
ResponderExcluirCerta vez, mahatma gandi disse: se pusessemos em prática os conselhos do sermão De Cristo, JAMAIS faríamos a guerra, não haveria miséria nem SOFRIMENTOS 🙀 a obediência as leis e princípios divinos, sem dúvida nos protege. Como amo tuas leis ,SENHOR 🙌 POR onde for ,plante AMOR. 😍