CRÔNICAS DO CLÁUDIO MELO

O CICLO SEM FIM

Como diz uma música da compositora e cantora Ana Vilela, a vida é um trem bala. Portanto, como recomenda uma de suas estrofes, “temos que nos sentir infinitos num universo tão vasto e bonito”, como também devemos curtir qualquer brechinha de tempo que dispomos para estarmos juntos aos nossos entes queridos. O tempo passa rápido e somos apenas “uma nuvem passageira que com o vento se vai, somos como um cristal bonito, que se quebra quando cai. Temos que deixar em dia a nossa vida e a nossa energia, pois somos um castelo de areia na beira do mar”, nos lembra o compositor e cantor Hermes de Aquino em sua canção “Nuvem passageira”.  Noutra música chamada “O dedo do tempo no barro da vida”, o seu compositor Vander Lee profetiza “O dedo invisível do tempo modelando o nosso destino”. Somos apenas aquilo que escolhemos ser, mas o amor é único para todos os seres viventes e deve ser exercitado ao máximo enquanto estivermos vivos. A vida tênue dos nossos antepassados que nos deu a vida, durante a qual geramos os nossos descendentes, é como uma árvore que nasce, produz frutos e folhas que caem e são levadas pelo vento, depois nasce novamente, num ciclo natural do reino vegetal. Aproveitemos, pois, esses momentos que passam tão rápidos em nossa vida. 

Muitos perguntam: “De onde viemos, para onde vamos?”. O nosso ciclo de vida se refere, em princípio, às fases nas quais se divide o período de vida de um indivíduo. O ciclo se estende do nascimento até a morte, embora religiões nos tratem como um ente social antes do nascimento, pois crêem na existência da alma, antes do sopro da vida e depois da morte em direção a outro mundo, seja paradisíaco, seja infernal. Portanto, na dúvida, se existe ou não outra vida depois desta, devemos somente cultivar àquilo que na visão da ordem natural das coisas nos proporcione uma consciência tranquila do dever cumprido, nos trazendo bons fluídos para o corpo e para a alma. As pessoas que encontramos no nosso percurso de vida, as memórias que destes relacionamentos sadios cultivamos nos acompanham para sempre, ou quase isso. Se nós temos consciência que estamos vivos, não acredito que esta consciência se esvaia após a morte da matéria. Dessa forma, talvez numa outra possível vida voltemos a nos encontrar com os entes queridos e assim poderemos ainda auferir os dividendos daquilo de bom que plantamos aqui em nosso planeta.

Uma das músicas da trilha sonora do filme “O Rei Leão”, intitulada “O CICLO SEM FIM”, traduz mais profundamente o que eu quis falar nesta minha crônica. Eis a sua letra: “Desde o dia em que ao mundo chegamos / Caminhamos ao rumo do Sol / Há mais coisas pra ver / Mais que a imaginação / Muito mais pro tempo permitir / E são tantos caminhos pra se seguir / E lugares pra se descobrir / E o Sol a girar sob o azul deste céu / Nos mantém neste rio a fluir / É o ciclo sem fim que nos guiará / À dor e emoção, pela fé e o amor! / Até encontrar o nosso caminho / Neste ciclo, neste ciclo sem fim!”. Uma cantora que está despontando no cenário musical de canções de qualidade, possuidora de uma voz ímpar a ser estudada, de uma dicção vocal fabulosa, cuja interpretação das músicas que defende é fantástica, JADE SALES, a qual se apresenta todos os sábados à tarde no Quadro Shadow Brasil do programa Raul Gil, deu uma roupagem excelente nesta canção revelação do nosso ciclo de vida.  Confira o vídeo, clicando no link abaixo: