sexta-feira, 13 de março de 2020

APEGO inútil aos bens MATERIAIS
O ser humano costuma se apegar demais às coisas materiais. Acumula riquezas muito mais do que necessita para viver confortavelmente (não confundir com os políticos que roubaram o nosso erário e quase nenhum deles está preso e nem devolveu o que roubou). Sempre estamos querendo mais e mais numa corrida tão desenfreada que nos esquecemos de vivenciarmos tudo aquilo que é mais prazeroso para o corpo e para o espírito, pensando que qualidade de vida é estar em meio à agitação da cidade grande calculando receita e despesa. A preocupação constante pelo que é “MEU” nos cega, e assim não enxergamos a simplicidade salutar do que existe ao redor. Pode ser a companhia daqueles filhos ou netos que crescem sem as presenças dos pais e/ou avós e que enxergam além daquilo que nós pensamos notar, podendo ser eles uma companhia agradável nas horas de lazer, quando passamos a ver com os seus olhos a verdadeira essência das coisas e da vida. Outro bom momento pode ser a convivência com a natureza, e que muita gente quase não tem tempo de curti-la como forma de contemplação para com a beleza daquilo que Deus nos deixou e que aos poucos está sendo destruída pela ação predatória do homem. 
Falando no egocentrismo da preocupação somente com o “MEU”, existe uma canção que não lembro quem a compôs que diz: “Meu, só é o beijo que eu dou”. A afirmação está certíssima, pois do resto do mundo somos apenas curadores. Quantos patrimônios nós já vimos pessoalmente ou através de reportagens na televisão que estavam abandonados e sujos, os quais no passado foram o orgulho dos seus pretensiosos proprietários? Como a nossa vida é bastante curta, na realidade esses bens foram deles apenas temporariamente, ou seja, eles só cuidavam, pensando serem os donos. Essa visão é a triste realidade da vida, provando que o nosso apego às coisas materiais é uma imensa bobagem. Uma dessas impressões que não somos donos de nada, eu tive diante de um casarão colonial abandonado no centro do Recife. Na frente dele um jardim com plantas secas, cheia de insetos. As portas da sala caindo e o terraço cheio de folhas voando com a força do vento. Se naquele momento eu já soubesse a letra da música “Empty Garden” do compositor e cantor Elton John, eu poderia definir aquela cena degradante e bucólica, utilizando algumas estrofes desta sua canção, dizendo: “Quem viveu aqui? E agora tudo parece estranho. É engraçado como um inseto estraga tanto a semente, num jardim vazio e agora sem jardineiro. Nada cresce mais. Estou paralisado e atordoado”. Confira abaixo o clipe desta canção com a sua letra traduzida para o português, junto à interpretação do seu criador o qual dispensa comentários:

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