A traição burra da alagoana
Neste meu blog você pode encontrar várias histórias engraçadas
como esta que contarei do tempo em que eu era solteiro e utilizador de vários
recursos na procura por uma companheira como, por exemplo, publicar anúncios
nos classificados dos jornais, deixando o número do meu telefone residencial
para que as pretendentes me ligassem. Nesse tempo de instabilidade amorosa,
algumas vezes fiz o papel do “URSO” de bom papo e em outras fui vítima dele. Porém, existe
uma vantagem em sermos traídos, uma vez que novos horizontes nos são abertos
para que encontremos outra pessoa melhor do que aquela que nos traiu e que se
foi das nossas vidas. Portanto, não entendo o ato criminoso de quem agride ou
mata a quem lhe traiu, e que só fez facilitar o encontro futuro de um novo e
melhor amor para essa pessoa que foi traída.
Uma canção de Jorge Vercillo diz com bastante propriedade ao nosso atual
amor: “Não se ofenda / Com meus amores de antes / Todos tornaram-se
ponte / para que eu chegasse a você”. Portanto, o importante é não ter receio de encarar a busca por um
novo amor.
Numa dessas ocasiões em que fui traído, achei-a até hilária. Antigamente não existiam os recursos das redes sociais que
existem hoje, mas já havia o MSN e foi através dele que conheci uma mulher
alagoana. Ela disse que era gerente de uma ótica em Maceió e que trabalhava
como optometrista
(que afere a miopia). Revelou também que morava com uma filha. Depois de vários
dias de conversa por telefone, ela demonstrou interesse em vir me conhecer aqui
no Recife. Marquei de ir buscá-la na Rodoviária do TIP. Passamos um final de
semana juntos lá em casa e noutra oportunidade fui até Maceió para conhecer a
sua família que se resumia a uma irmã, a qual também morava sozinha. Descobri
que o dono da ótica onde ela trabalhava tinha uma filial aqui em Pernambuco,
Estado onde ele também morava. A partir dai foi fácil ele fazer a transferência
do local de trabalho dela para o Recife e ela veio morar comigo trazendo a sua
filhinha. Foi quando eu consegui com o presidente da Associação onde trabalho,
para que ela colocasse um stand da ótica próximo a sala do nosso
oftalmologista. Os associados quando saiam do atendimento desse profissional já
entregavam para ela a receita dos óculos e escolhiam as armações de suas
preferências.
Certo dia, ela disse que iria prestar contas das vendas ao seu
patrão na casa dele. Achei aquilo estranho, uma vez que na nossa associação existe
uma ampla sala de reunião para que esse tipo de serviço seja feito, uma coisa
simples que só demandava pequenos cálculos matemáticos. Como ele já tinha se
tornado o meu amigo, liguei para ele no sentido de tirar as minhas dúvidas quanto
a isso. Ele passou um tempão me explicando à necessidade dessa prestação de
contas ser feita na casa dele com um palavreado técnico de “derrubar avião”, e
eu não fiz mais objeção. Ela foi para a casa dele num sábado,
enquanto eu fiquei tomando conta da filha dela na minha casa. Passadas algumas
horas, eu liguei para a casa dele no sentido de saber como estava o andamento dessas
“prestações de contas” das vendas dos óculos. A empregada atendeu ao telefone e
disse que os dois estavam no quarto dele, trancados e incomunicáveis, onde supostamente
também era o seu escritório. Quando a mesma chegou à minha casa pedi para que ela
fizesse as malas, pois um motorista iria levar ela de volta para Maceió na
segunda feira. Chegando à sua cidade, sem mais lugar para ficar, ela pediu ao
motorista para ir para a casa da sua irmã que já a esperava na porta e a
recepcionou com as seguintes palavras: “Fulana, eu já sabia que tu não irias durar também com esse. Mais um
não é mesmo?”. O danado é que esse amigo que calcula prestação de contas em sua
residência ainda teve a petulância de me pedir permissão para colocar outra
substituta no stand do meu local de trabalho. Quase que eu o mandava para
aquele lugar... A partir desse dia, passei a seguir os conselho de uma música
que diz “Mulher é negócio de lado / Amigo é melhor separado”. E procurei arranjar outra
companheira que fosse a definição de outra estrofe da mesma canção: “(Ela)
Não vai com a cara de homem / que tem a falinha macia”. Confira o clipe dessa música dos anos 30, composta por Assis
Valente, intitulada “Maria boa” e interpretada pelo cantor Ney Matogrosso,
dando um clique no link abaixo:
Adorei o texto, muito divertido!
ResponderExcluirMuito bom camarada
ResponderExcluirBom dia Cláudio,fui traído rapaz,tive depressão,abandonei meus compromissos e amigos,quase fiz uma besteira,mas hoje olhando de uma maneira diferente vejo que que posso superar tudo,e mais a vida de solteiro é o próprio paraíso,gostei da crônica,forte abraço!
ResponderExcluirMuito bom 👏👏👏
ResponderExcluirMuito bom
ResponderExcluirMuito bom parabéns
ResponderExcluirGostei do texto. Vc foi.um cavalheiro! Comigo eu não sei....
ResponderExcluirMuita Boa.. .
ResponderExcluirTop..👏👏👏👏👏👏👏👏
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