segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

PREFEITURAS MALEÁVEIS E A DESTRUIÇÃO DA NATUREZA

As prefeituras do Recife e Olinda esqueceram-se das suas promessas de implantarem a partir de julho de 2019, uma multa para quem sujar as ruas. Só nesse mês eu presenciei um figurão jogando em via pública uma lata de bebida pela janela do seu carrão; uma senhora deixar a fralda usada da sua filha no chão, além de uma moça bem vestida descartar um panfleto que tinha recebido há pouco tempo antes. Ao ser advertida por mim, ela me olhou com um semblante de ódio, torcendo os lábios, ficando mais feia do que era e não desfez o seu erro. Pena que as nossas leis não são como as da natureza que não perdoa e matam até aqueles inocentes que não entupiram de lixo os bueiros e encostas dos morros das periferias.
Até meados do século 19, a raça humana manteve relativa harmonia com o meio ambiente. Com o surgimento da era industrial e das grandes aglomerações urbanas, houve uma quebra nessa harmonia, o que provocou uma crescente queda do nível de vida do ambiente, com a morte de rios e o desaparecimento de áreas verdes. A essa devastação inconseqüente dá-se o nome de poluição. Os rios são poluídos por descargas vindas dos esgotos urbanos não-tratados, dos complexos industriais, das minerações, etc. O desmatamento também causa a morte dos rios, secando seu leito. Os mares vão sendo aos poucos poluídos por esses rios, devido às descargas das indústrias, além de todo tipo de plástico jogado ao relento e por naufrágios e vazamento de óleo de grandes petroleiros. O solo é prejudicado pelas queimadas e pelo desmatamento.
Os incêndios florestais, provocados ou não, destrói não apenas as plantas que são o alvo dos incêndios, mas também suas raízes e microorganismos que vivem na terra, tornando-a estéril, sem as proteínas necessárias às plantas. Por tudo isso, as intempéries do tempo a cada ano se tornam mais violentas e perigosas. As ventanias se transformam em tornado, tufão, ciclones e furacão que estão se intensificando cada vez mais. A música “ETERNAS ONDAS”, composta por Zé Ramalho em 1980, já alertava a humanidade para isso. 
Como vários outros compositores, Zé Ramalho também fez uma música para Roberto Carlos gravar. Então, participando de um passeio no iate Lady Laura, ele apresentou-lhe “Eternas Ondas”, uma canção inspirada no tema bíblico do dilúvio, que expõe o contraste entre a grande força da natureza e a fragilidade humana: “Quanto tempo temos / antes de voltarem aquelas ondas / que vieram como gotas em silêncio / tão furioso / derrubando homens entre outros animais...” Mas Roberto não aproveitou a composição, talvez trágica demais para o seu estilo, que Ramalho passou para o amigo Fagner. 
Veja o clipe desta canção no link abaixo.

3 comentários:

  1. Olá Cláudio, visitei seu blog, li algumas cronicas e gostei muito. Parabéns. Certamente voltarei aqui outras vezes. Grata.PS. Gostei também de ouvir José Ramalho. Uma canção premonitória. Boa noite.

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