O mundo está ao contrário e
ninguém reparou
Muita
gente diz que à medida em que a velhice vai se acentuando, a pessoa se torna mais
seletiva. Eu sempre fui seletivo pelo menos no quesito musical. Talvez porque
nos anos 60 as músicas que faziam sucesso eram de qualidade. Naquele tempo
despontava nas paradas de sucesso monstros sagrados da MPB, como Roberto
Carlos, Caetano Veloso, Chico Buarque, Rita Lee, Elis Regina, Belchior,
Mercedes Sosa e muitos outros da mesma estirpe. Até as músicas daquela época
para se dançar tinham melhor ritmo e letras com boas mensagens. Hoje, em meio a
qualquer nível social e intelectual, encontramos ouvintes de músicas de quinta
categoria, e isso sempre vai ter influência na educação e no comportamento dos
nossos jovens que se tornam em seres agressivos e sem sentimentos nobres. Isso
também influencia negativamente na educação didática e na percepção sobre os
relacionamentos sociais das crianças que crescem ouvindo músicas ruins e de
duplo sentido.
O mês
passado eu fui comemorar o aniversário de uma neta em João Pessoa, no salão de
festas do condomínio em que ela mora. Mesmo sendo um ambiente de um nível
social elevado, o que eu assisti no Hall da piscina onde tem duas churrascarias
de alvenaria me deixou horrorizado. Homens bêbados e barulhentos escutavam uma
espécie de lixo musical, enquanto mulheres se requebravam imitando aquela
conhecida dança da “boquinha da garrafa”. Do outro lado, em frente ao
playground, diante das crianças, outro grupo de moradores daquele conjunto de
prédios residenciais ensinava às crianças a terem também um péssimo gosto musical,
curtindo músicas horríveis. Por um momento eu pensei estar dentro de uma
“favela elitizada”. Meu filho que infelizmente ainda mora lá me revelou que a
maioria dos condôminos era pernambucana. Só podia ser, uma vez que para onde me
dirijo aqui em nossa terrinha a seleção musical fica a desejar. Repito, a minha
preocupação é com a futura geração. Para completar a minha indignação as
músicas que foram executadas no aniversário da minha neta NÃO ERAM INFANTIS.
Uma das músicas que eu escutei
naquele instante, dizia justamente o que eu penso desse pedaço de mundo que
está aderindo a esse gosto por músicas que contêm letras sem valor sentimental:
“O QUE
ESTÁ ACONTECENDO? / O MUNDO ESTÁ AO CONTRÁRIO / E NINGUÉM REPAROU... / O QUE
VOCÊ ESTA FAZENDO? / MILHÕES DE VASOS / SEM NENHUMA FLOR... / MILHÕES DE FRASES
/ SEM NENHUMA COR...”. Confira no link do clipe musical a letra de ”rELICÁRIO” do compositor e cantor NANDO REIS, onde ele a interpreta junto a CÁSSIA ELLER e que foi postado no youtube pelo internauta de pseudônimo
“apenaseumesmo”. E para o associado da Associação Pernambucana de
Servidores do Estado – APSE que não faz questão do tipo
de música que escuta, dia 18/12/2019, às 10 horas em nosso Auditório do
Edifício Sede, sito à Rua Dom Bosco, 895 – Boa Vista, estaremos fazendo os
sorteios das estadias em uma das nossas três casas de praia de Pontas de Pedra
para o exercício de 2020.
Bom dia, É com muito pesar, que vejo as coisas andando ao contrário a perca de valores que enobresse o homem, em tudo agente consegue ver a degradação, na música, no comportamento desrespeitoso, na mídia que seguro a e influência os envolvidos em mudanças, sem questionar o que isto pode oferecer de bom, de belo que possa engrandecer o seu Eu, como são muitas sugestões absurdas que vemos, nos impressiona como são capazes de arquitetar coisas que nem serve pra ele é nem pro outro, mais a propagação é tanta que acabam acreditando em suas mentes doentes.
ResponderExcluirUm abraço é é eu esposa.
É pra sua esposa de quem gosta muito das crônicas
ResponderExcluirCom certeza meu amigo vc falou tudo a respeito das musicas ou seja do lixo q são as musicas de hoje.
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