quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

A miséria também é culpa de quem se encontra nela
Dados do Cadastro Único do Ministério da Cidadania mostram que a pobreza extrema no país aumentou e já atinge 13,2 milhões de pessoas. Nos últimos sete anos, mais de 500 mil pessoas entraram em situação de miséria. O Nordeste tem o pior cenário, sendo que as maiores taxas a cada 100 mil habitantes são do Piauí (14, 087), Maranhão (13, 861) e Paraíba (13 106). Roraima e Rio de Janeiro tiveram o maior aumento da extrema pobreza, com incrementos de 10,5% e de 10,4%, respectivamente. Mas a culpa deve ser somente atribuída ao governo? Será que essas pessoas que vivem na miséria não jogaram para o alto a oportunidade que lhe foi oferecida para crescer socialmente? O único caminho para o crescimento pessoal é através dos estudos. O livro é um ser mágico e torna a miserabilidade em riqueza, basta se dedicar a ele com afinco. Hoje as escolas estaduais e professoras. Se algum professor falta por questões pessoais ou porque o governo não conseguiu contratar algum deles, se estuda pelos livros ou pela internet que municipais, fornecem aos seus alunos: material escolar, fardamento, transporte e alimento e muitos só querem perturbar e desrespeitar as suas tem aulas grátis de qualquer matéria. Quanto aos seus pais preferem fazer filhos todos os anos, aumentando a condição de miserabilidade da família, ao invés de pegar gratuitamente nos postos de saúde remédios anticonceptivos. 
Antigamente, nós tínhamos que bancar tudo isso com recursos próprios ou dos nossos pais. Eu tenho um grande exemplo de superação na família e gosto de estar sempre repetindo esta história para mostrar ao mundo que a condição de pobreza pode ser também uma opção de quem se encontra nela. A minha esposa com doze anos de idade ainda era analfabeta e morava no campo onde não havia escola por perto. Resolveu sair de casa para a capital e quando foi comprar o seu primeiro lápis, não tinha nem o dinheiro para comprar também uma borracha. O vendedor com pena dela lhe deu a borracha como brinde. Nas suas férias escolares ela voltava para o sítio dos seus pais e ao invés de ir se divertir com as amigas ou arranjar um namorado para lhe deixar grávida, abandonada e mais pobre, ela ia para baixo de um pé de árvore, sentava em sua raiz e revisava as matérias didáticas da escola. Sozinha na selva de pedra da cidade grande, sem pai e nem mãe para lhe ajudar, e sem precisar se prostituir ou roubar conseguiu se formar em Pedagogia e Direito e galgar dois empregos através de concurso público. Então não venham com essa conversa fiada de que a miséria do povão é só culpa do governo. Ressaltando então a saga daquela estudante que sai do campo em busca de um melhor futuro e valoriza a função do seu caderno e do seu livro, sem precisar filar nas provas, ilustro esta crônica com a música CIDADE GRANDE. Interpretada por PETRÚCIO AMORIM. Dê um clique no link abaixo para conferir a sua letra que fala de quem sai do interior em busca de novos rumos na capital.

Nenhum comentário:

Postar um comentário