sexta-feira, 12 de março de 2021

ASSALTO INUSITADO E A INOCÊNCIA DAS PERERECAS


Quando a gente pensa que já viu de tudo, a vida nos mostra sempre coisas novas. Alguém filmou e enviou para a TV o flagrante de um assalto inusitado. Um ladrão adentrou num ônibus com um rato preso numa gaiola, ameaçando aos passageiros: “Olha ai gente, eu estou com um rato aqui e vou soltá-lo se cada um de vocês não me der vinte reais. Ou melhor, basta cinco”. Como esse ato hilário foi parar também nas redes sociais, foi fácil a polícia localizá-lo. Aos policiais ele contou que tudo não passou de uma brincadeira. Porém, o desfecho deste fato nunca visto antes em assaltos (se ele foi preso ou não) não foi repassado para os telespectadores.


É comum as pessoas terem medo ou repulsa de insetos, roedores e anfíbios, como: baratas, ratos, sapos e rãs. O medo ou a repulsa a certas coisas é APRENDIDO. Por exemplo, se você acostuma uma criança à convivência pacífica com esses bichinhos rastejantes, ensinando-a que eles não representam grande perigo, ensinando-a de uma forma adequada a combatê-los, e no caso da inocente perereca até fazê-la de um atrativo de lazer, essa criança se tornará em um adulto sem medos e nem traumas de infância, quanto a isso. Certa vez, eu estava com a família na casa de campo da Associação Pernambucana de Servidores do Estado – APSE em Fazenda Nova e um dos nossos associados que estava acompanhado de sua esposa avistou um sapo. Ele tremeu, ficou pálido e desmaiou na hora. Foi um Deus nos acuda e um trabalho danado para arrastar aquele homem pesado até a cama. A esposa dele revelou que esse pavor dele ao SAPO era um trauma adquirido na infância, talvez porque alguém mais velho lhe fez medo através de uma brincadeira maldosa, diante desse tipo de anfíbio. Depois daquela cena inesperada, eu passei a pegar as pererecas do lugar com as mãos e colocar nas mãos dos meus netos. Todas as vezes que eles vão comigo para esse recanto de lazer e descontração, não sentem medo e nem repulsa às inofensivas pererecas que abundam dentro do banheiro, na cozinha e no terraço do casarão estilo colonial dessa colônia de férias da APSE.


Falando neste assunto o saudoso compositor e cantor GONZAGUINHA enalteceu o modo de viver do SAPO e de outros detalhes da natureza em sua canção “LINDO LAGO DO AMOR”. A sua letra encanta muita gente pelo tom poético com que relaciona a natureza, a felicidade e o amor. Na canção, o vento, a chuva, os seres vivos e os astros testemunham e abençoam a felicidade contagiante do homem apaixonadoLançada em 1984, esta talvez seja a única canção deste filho do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, que eleva a alma dos seus ouvintes, pela sua leveza, a qual em sua gravação teve o acompanhamento de violão, caixa de ritmos LinnDrum, baixo, sintetizadores: korg Poly-61, Yamaha DX7 e PolySix, percussão, bateria eletrônica, arranjos e coro. 


Por isso a sua melodia é tão agradável, como sentir nas costas uma perereca de corpo gelado que deu um pulo sem vara vinda do chão. A viúva do GONZAGUINHA contou, ao Jornal Estado de Minas, que essa foi uma fase tranquila da vida dele. Confira a canção e a sua melodia contagiante no clipe registrado no link abaixo. Bom final de semana, junto aos seus familiares, tomando um delicioso banho no lindo lago do amor, enquanto comunga da felicidade dos sapinhos e pererecas ao seu lado. Agora escute esta linda canção, dando um clique no link abaixo:

2 comentários:

  1. Perfeito. Eu tinha muito medo pelos insetos. Agora que moro no interio, me habituei com o convivio junto a eles. Morena

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  2. Maravilhosa essa reflexão!
    O Medo uma emoção que é inata a todos os seres humanos. Vivenciar as experiências de forma leve...Quebra muitos paradigmas...

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