QUARENTENa
SEXUAL
Esta é mais uma história da minha coleção do tempo de solteirão
divorciado. Esta crônica já fez parte das minhas 126 já publicadas, porém, como
o termo QUARENTENA está
atualmente em evidência e de lá para cá fiz centenas de amigos virtuais novos
no facebook, os quais ainda não tomaram conhecimento dela, estou contando
novamente, e assim, aproveito para relembrar a quem já leu. Conheci uma cabocla com
a qual passava finais de semana maravilhosos lá em casa. Tudo ia muito bem
quanto ao nosso relacionamento. Ela me revelou que lia o futuro das pessoas
através das palmas das mãos, jogava cartas sobre o destino da vida das pessoas
e frequentava rituais de candomblé, pois era “filha de santo”. No seu caso,
“Filha de Santa”, uma vez que ela alegava ser da parte de Yemanjá. .
Fisicamente ela até que se parecia com essa rainha das águas e que eu via nos
quadros pintados pendurados nas paredes dos terreiros onde já frequentei,
quando tocava com os meus primos nos terreiros para os “Filhos de Santo” dançar
nesses rituais semanais de xangô, dirigidos aos espíritos. Um deles tocava
atabaque, o outro maracá e eu agogô. Mas a nossa principal intenção era namorar
as filhas de santo e comer mungunzá, bode assado na brasa e tomar cerveja,
nesse tempo das “vacas gordas”.
Certo
dia ela me contou a causa dos diversos rompimentos dos seus relacionamentos
amorosos anteriores. Segundo a sua revelação, quando ela incorporava a entidade
espiritual da Yemanjá,
muitas vezes recebia como castigo de algum ato falho seu praticado durante os
dias anteriores, a incumbência de passar 40 (quarenta) dias sem poder praticar
relações sexuais, o que ela chamava de “QUARENTENA SEXUAL”. Ao saber disso, me veio um
calafrio e argumentei que essas “quarentenas” só dariam certo no nosso relacionamento quando eu completasse os
meus 90 anos de idade. Eu só disse isso, porque na época ainda não existia o
Viagra. E assim eu fui mais um a terminar o namoro com ela. Passados uns 15
dias, ao chegar ao meu local de trabalho, na véspera do meu aniversário que é
no dia 21 de junho, o meu chefe me disse que uma mulher tinha me procurado e,
como não tinha me encontrado, teria deixado para mim um enorme buquê de flores
e um disco de vinil LP da Gal Costa onde tinha a gravação da música “Índia”.
Esse item teria sido uma devolução, uma vez
que eu havia a presenteado com esse disco, onde aparece a foto da Gal Costa na
capa, vestida de índia. Outro motivo teria sido por achar essa
cantora parecida com ela na época. Junto a esse enorme buquê de flores, havia
um cartão com uma mensagem de amor e despedida. Achei o presente muito
estranho, e como não tive mais contato com ela, não sei se aquele Buquê de
Flores havia sido um “despacho” para forçar a minha volta para ela ou outra
pretensão (?). Se a primeira intenção foi verdadeira, a “Santa” dela foi mais fraca
que o meu “santo”, São Sebastião, pois o “despacho” não funcionou. Mais esse fato inusitado ficou
na minha lembrança, por ter sido um ato inverso àquele que costumamos
presenciar, ou seja, um homem dar um buquê de flores para uma mulher e não ao
contrário. Como eu mencionei aqui a música “ÍNDIA”,
finalizo esta crônica como uma canção tema nas vozes do cantor Leonardo em
parceria com a Paula Fernandes. Se a parceria musical deles dois virasse uma dupla, ai sim seria uma VERDADEIRA DUPLA SERTANEJA e a melhor do Brasil.
Belíssima crônica, muito engraçada. A música de primeira. Perfeita pata refletir sobre o tema.
ResponderExcluirGostei.muito boa.
ResponderExcluirMaravilhosa crônica. Música Boa p os nossos ouvidos.😍❤
ResponderExcluirCrônica divertida, boa música que " serena" mais nossa atualidade
ResponderExcluirMuito bom
ResponderExcluirGostei dessa cronica.👏👏👏👏
ResponderExcluirEssa musica marcou minha vida. Acho porque meu pai escutava muito.pra mim as música sertanejas antigas, sãos melhores.
Bela crônica...Parabéns!
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